Primeiro-ministro britânico não vai à abertura dos Jogos-2008
O primeiro-ministro britânico Gordon Brown não irá à cerimônia de abertura dos Jogos de Pequim. A ausência do anfitrião da Olimpíada de 2012 foi colocada como algo que já havia sido decidido pelo governo, mas ocorre sob a pressão dos protestos que geraram 37 prisões durante a passagem da tocha por Londres, no último domingo.
E o distanciamento entre Europa e China pode aumentar hoje. O Parlamento Europeu irá votar resolução que pode desfalcar ainda mais a festa de abertura. Caso não haja uma solução pacífica para os conflitos no Tibete, o texto pede que nenhum chefe de Estado e de governo dos 27 países-membros compareçam à festa, que acontece em 8 de agosto.
A resolução critica a "repressão brutal" das forças de segurança chinesas contra os manifestantes tibetanos e pede investigação da ONU sobre o episódio, além do acesso de diplomatas estrangeiros e jornalistas à região.
José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Européia, questionou a contradição entre a "festa" olímpica e "uma situação de repressão e tensão". Barroso visita a China no fim do mês.
O presidente dos EUA, George W. Bush, por sua vez, afirmou que irá pressionar o governo chinês sobre a questão dos direitos humanos.
Em entrevista à TV católica EWTN, que irá ao ar hoje, Bush deu a entender, pela primeira vez, que pode até faltar à abertura. "Conversei sobre liberdade religiosa toda vez que os visitei. Falei sobre Darfur, sobre Birmânia, sobre o dalai-lama. Não necessito dos Jogos Olímpicos para expressar minha posição."
Bush pediu que haja diálogo com o Tibete. "Se eles se aproximarem do dalai-lama, verão que é um homem bom, pacífico, que não é favorável à independência, só da identidade cultural tibetana."
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