Brasília inaugura estádio bilionário e polêmico até no nome
Com um estádio bilionário e polêmico até no nome, Brasília inaugurou neste sábado uma arena multiúso, grandiosa e com o desafio de sobreviver sem se tornar um elefante branco.
Foi uma estreia modesta para o padrão do estádio de 70 mil lugares, mas bem acima de qualquer bilheteria de jogos locais. O Brasiliense venceu o Brasília por 3 a 0 na decisão do torneio regional.
Roberto Stuckert Filho/Reprodução/PR | ||
Dilma Rousseff e o governador do DF, Agnelo Queiroz, durante inauguração do Mané Garrincha |
Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff participou de evento.
O hino nacional foi cantado por Elza Soares, viúva de Mané Garrincha. A participação pode ser vista como desagravo ao polêmico veto da Fifa ao batismo do estádio com o nome do jogador. A entidade diz que os eventos no país são de "interesse internacional" e que seria importante "manter a consistência dos nomes das arenas".
Assim, apesar de o nome Mané Garrincha estar garantido em lei, durante a Copa das Confederações e o Mundial, a arena será apenas Estádio Nacional de Brasília.
Ao custo de R$ 1,2 bilhão, o estádio de Brasília é o mais caro da Copa, ao lado do Maracanã. O discurso de defesa do gasto é resumido por uma frase que o governador Agnelo Queiroz (PT), principal avalista da obra, costuma repetir: "O estádio será um instrumento de desenvolvimento econômico para Brasília".
A Folha visitou a arena 48 horas antes da inauguração. Nas arquibancadas, a obra estava praticamente pronta. Outros setores, porém, não estarão disponíveis hoje.
Ao redor do estádio, alguns pontos ainda mostravam uma obra em pleno vapor. Já o gramado é uma preocupação da Fifa.
Sem tradição no futebol, Brasília disputou a abertura da Copa com o Morumbi. O jogo acabou indo para o Itaquerão, e a capital do país ficou com a inauguração da Copa das Confederações.
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