Outro Lado
Ex-presidente vê arbitrariedade na ação; Odebrecht nega interferência
A assessoria do Instituto Lula afirmou que recebeu com "surpresa" a decisão do Ministério Público, uma vez que entregou as informações solicitadas sobre as atividades da entidade à procuradora responsável pelo caso, Mirella de Carvalho Aguiar.
"Trata-se de um procedimento absolutamente irregular, intempestivo e injustificado, razão pela qual serão tomadas as medidas cabíveis para corrigir essa arbitrariedade no âmbito do próprio Ministério Público, sem prejuízo de outras providências juridicamente cabíveis", afirma o instituto, em nota.
Segundo a assessoria do ex-presidente, Lula é "alvo de grave violação de conduta por parte do procurador Anselmo Lopes, que deu início a este processo e por isso está respondendo à Corregedoria Nacional do Ministério Público".
A nota afirma ainda que há "um conjunto de manipulações e arbitrariedades com o propósito evidente de criar constrangimentos e manchar, sob falsos pretextos, a imagem do maior líder popular deste país no Brasil e no exterior".
Também em nota a Odebrecht afirmou que "mantém uma relação institucional com o ex-presidente de forma transparente".
"O ex-presidente Lula foi convidado pela empresa, exclusivamente, para fazer palestras para empresários, investidores, líderes políticos e formadores de opinião em eventos voltados a defender as potencialidades do Brasil e de suas empresas", afirma.
"A Odebrecht tem seus contratos celebrados de forma regular e em conformidade com as leis aplicáveis no Brasil e no exterior, sem qualquer tipo de interferência de terceiros", conclui a nota.