CRÍTICA
Retomada de 'Arquivo X' empolga após 14 anos fora da TV
O início da curta décima temporada de "Arquivo X" entrega o que todo fã pode querer: a ótima química do par de protagonistas permanece intacta e o roteiro contempla os princípios básicos responsáveis pela construção do culto em torno da série.
Depois de 14 anos longe do FBI, o informalmente aposentado Fox Mulder e a agora médica em tempo integral Dana Scully são atiçados pela denúncia de uma conspiração mundial para acobertar 60 anos de projetos do governo com tecnologia alienígena.
Fox | ||
O reencontro de Dana Scully (Gillian Anderson) e Fox Mulder (David Duchovny) na nova temporada |
O espectador é surpreendido a cada bloco, numa gangorra que alterna provas de atividade extraterrestre com revelações que podem derrubar uma grande farsa. Nada conclusivo, claro, como manda a cartilha de "Arquivo X".
Os conhecidos perfis de Mulder e Scully já se apresentam no primeiro dos seis episódios. Ele acredita em tudo, por mais fantástico que pareça, e vai reagir furiosamente quando se sentir enganado. Ela se mostrará cética, tentando manter o parceiro com os pés no chão, mas cederá ao primeiro sinal do inexplicável.
O mais cativante é que ninguém sente os efeitos de 14 anos de hiato. A fotografia em tom frio, a edição apurada e a música rarefeita mas envolvente de Mark Snow seguem como marcas registradas.
David Duchovny continua charmoso, com uma aura juvenil, e a musa geek Gillian Anderson está mais bonita.
Se "Arquivo X" versão 2016 for mesmo tão bacana quanto promete, o único defeito da nova temporada poderá ser sua curta duração.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade