Rombo nas contas externas bate recorde em outubro
Depois de um alívio em setembro, o rombo nas trocas de bens, serviços e rendas do país com o exterior voltou a crescer em outubro e bateu recorde.
O chamado deficit em conta corrente somou US$ 7,1 bilhões no mês passado, maior rombo já registrado para outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Banco Central.
Gasto de turistas brasileiros no exterior em outubro foi o maior da história.
O valor ficou acima da expectativa do BC para o mês (US$ 5,3 bilhões) e foi 31,4% superior ao de outubro de 2012 (US$ 5,4 bilhões). A surpresa veio de uma piora da balança comercial no fim do mês.
No acumulado do ano até outubro, o resultado negativo nas contas externas de US$ 67,5 bilhões também é recorde para o período e 70,5% maior que o registrado nos primeiros nove meses de 2012 (US$ 34,1 bilhões).
Pressionado pela piora do desempenho na balança comercial, o deficit de 2013 já supera todo o rombo do ano passado (US$ 54,2 bilhões). Esse aumento reflete, principalmente, a expansão das importações de combustíveis e a queda nas exportações de petróleo.
No acumulado em 12 meses, o deficit representa 3,67% do PIB, maior proporção em mais de dez anos.
INVESTIMENTO PRODUTIVO
O fluxo de investimentos produtivos foi robusto em outubro, mas insuficiente para compensar o rombo na conta corrente. Por ser menos volátil que o fluxo de investimentos financeiros, essa é considerada a melhor forma de financiar o saldo negativo nas trocas de bens, serviços e rendas
No mês passado, entraram US$ 5,4 bilhões destinados a compra de participação em empresas ou empréstimos intercompanhias, elevando o saldo do ano para R$ 59,1 bilhões.
Como o investimento produtivo ainda cobre a maior parte do deficit em conta corrente, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, considera o "quadro favorável".
Os recursos destinados a títulos de renda fixa, que vinham bombando nos últimos meses após a retirada do imposto cobrado sobre investimento estrangeiro nessas aplicações, recuaram fortemente em outubro (entrada de apenas US$ 196 milhões). No ano, o saldo ainda é positivo em US$ 28 bilhões, mas os dados parciais de novembro mostram uma saída de US$ 1,5 bilhão.
Para Maciel, isso é normal, após a forte entrada dos meses anteriores e não reflete uma piora do otimismo dos investidores com o Brasil.
"A entrada de investimento produtivo continua forte e é uma indicação melhor dos fundamentos do país", afirmou.
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