Acabar com a deflação é prioridade do novo gabinete, diz premiê do Japão
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse nesta quarta-feira (3) que políticas para tirar o país de uma deflação crônica continuam sendo a principal prioridade do novo gabinete.
"Nosso gabinete funcionava em conjunto para entregar os três pilares, que criaram mais empregos e elevaram os salários. Um ciclo econômico positivo está começando", disse Abe em uma coletiva de imprensa após reformar seu gabinete nesta quarta-feira.
"O maior desafio agora é... reviver setores regionais do Japão", disse ele.
Abe levou um rival para o seu governo e nomeou mulheres para quase um terço dos cargos em uma reforma ministerial divulgada nesta quarta-feira (3).
Ele manteve os principais ministros no cargo, em um rearranjo que pretende unificar seu partido e melhorar sua imagem.
Os principais membros do governo, como o chefe de gabinete Yoshihide Suga, o ministro das Finanças, Taro Aso, o ministro da Economia, Akira Amari, e o ministro das Relações Exteriores, Fumio Kishida, mantiveram seus cargos, assinalando a continuidade de políticas.
O novo gabinete enfrenta duros desafios. Abe deve decidir se prosseguirá com um aumento planejado de impostos sobre vendas, para 10%, a partir de outubro de 2015, após uma alta inicial ter provocado uma grande contração econômica.
Eric Piermont/AFP | ||
Primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, fala no Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro |
PACOTE PARA CRESCIMENTO
Em junho, Abe apresentou um pacote de medidas com o objetivo de impulsionar o crescimento de longo prazo do país, de cortes tributários corporativos graduais a um papel maior para mulheres e trabalhadores estrangeiros.
Entre as ações anunciadas estava um corte futuro na taxa de imposto efetiva de empresas –que está entre as mais altas do mundo– para menos de 30% ao longo dos próximos anos, e uma promessa para reformar o Fundo de Investimento de Pensão do Governo de US$ 1,26 trilhão de maneira provável a realocar mais dinheiro ao mercado acionário.
'ABENOMICS'
Dois anos atrás, a eleição Abe como primeiro-ministro do Japão levou ao advento de um plano de três partes, conhecido como "Abenomics", para recuperar a economia japonesa de um longo período de estagnação e deflação.
Os três componentes do plano abarcavam um imenso estímulo monetário, o que incluía mais crédito para o setor privado; um estímulo fiscal de curto prazo, seguido por consolidação para reduzir deficits e tornar a dívida pública sustentável; e reformas estruturais para reforçar o potencial de crescimento.
O primeiro-ministro conseguiu tirou o país de duas décadas de deflação e de uma recessão profunda.
No entanto, ainda não se pode declarar com segurança que a economia japonesa retomou os trilhos.
Uma série de dados negativos divulgados nos últimos meses –fraco consumo interno, baixo aumento de salários e pouca abertura de novas vagas de emprego– é um lembrete de que os desafios ainda permanecem e de que o pretensioso programa pode estar perdendo o gás.
A economia do Japão encolheu a uma taxa anualizada de 6,8% no trimestre de abril a junho, a maior contração desde que o país foi devastado por um terremoto seguido de tsunami em março de 2011, mostraram dados do governo.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 07/06/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -1,73% | 120.767 | (17h32) |
Dolar Com. | +1,43% | R$ 5,3249 | (17h00) |
Euro | -0,46% | R$ 5,7074 | (17h31) |