Após criticar governo federal, Campos anuncia corte na folha de cargos de confiança
Após criticar o fatiamento de cargos no governo federal, o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) enviou para a Assembleia Legislativa nesta sexta-feira (11) projeto de lei que obriga que 969 dos 3.536 cargos comissionados do Executivo sejam exercidos exclusivamente por servidores de carreira.
A mudança representa, segundo o governo, uma economia de R$ 25 milhões por ano. De acordo com o secretário de Administração, Décio Padilha, isso será possível porque o Estado precisará pagar somente uma gratificação ao servidor que exercer um desses cargos de confiança.
Com cargos comissionados, o governo gasta com verba de representação, vencimento e contribuição patronal.
Pernambuco tem atualmente 220 mil servidores, sendo 133 mil ativos e gasta R$ 675 milhões por mês com folha de pagamento do Executivo.
O Estado gasta 44,64% de sua receita corrente líquida com despesa de pessoal. A previsão é fechar 2013 com gasto de R$ 7 bilhões nessa área.
Hoje, 1,5% da folha de pagamento é executada com os cargos comissionados. A promessa do governo é fechar o governo Eduardo Campos em 0,9%.
"Esse projeto de lei tem como objetivo dar sequência ao largo esforço que temos feito ao longo de todos esses anos no sentido de estruturar a máquina pública de Pernambuco para os desafios presentes", disse Campos.
"O projeto de lei traz mudanças que várias unidades da Federação estarão debatendo e repetindo", afirmou Padilha.
O secretário negou que o anúncio tenha cunho eleitoral. "Sou testemunha que teve a encomenda [do estudo para a mudança] há cinco meses e [que ele] ficou pronto há 48 horas", disse.
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