Prefeitura deve aprovar parque na rua Augusta, dizem vereadores
Manifestantes, alguns deles vestindo maiô e roupas de mergulho, reuniram-se em frente à Prefeitura de São Paulo, no viaduto do Chá, centro da capital, para reivindicar a criação de um parque na rua Augusta.
O protesto começou por volta das 17 horas desta quarta-feira (18).
Sete dos manifestantes foram recebidos pelo secretário-adjunto de Relações Governamentais, José Pivatto. Eles apresentaram formas para a prefeitura financiar a criação do parque.
"Há várias possibilidades, como usar o dinheiro que o (ex-prefeito) Paulo Maluf deve para a cidade ou trocar esse imóvel com a construtora compradora por outro que estiver ocioso e seja da municipalidade", afirmou Célia Marcondes, presidente da Sociedade de Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César.
Apesar de o secretário-adjunto José Pivatto afirmar que a solicitação seria encaminhada ao prefeito, logo depois da reunião o grupo já comemorava a aprovação do 'Parque Augusta'.
Eles haviam conversado com o vereador Ricardo Young (PPS), que junto de Nabil Bonduki (PT), falaram com Fernando Haddad (PT) sobre o tema na manhã desta quarta-feira.
Segundo Young, o prefeito "assegurou que vai sancionar" o projeto de lei que cria o parque.
Em sua página no Facebook, Nabil Bonduki disse: "O prefeito reafirmou que irá sancionar o projeto, por ser favorável mesmo com as restrições orçamentárias, no entanto, afirmou que deverão ser encontradas formas de mobilizar recursos para a sua implementação."
Aprovado pela Câmara, o texto está agora nas mãos de Haddad, que pode aprová-lo ou vetá-lo. A decisão deve ser tomada até a próxima terça, véspera de Natal.
Por volta das 19h, o grupo iniciou uma caminhada até o terreno de 24.752 m² que receberia o parque, localizado entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, na Consolação.
Em 2008, a área havia sido declarada como de utilidade pública pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Porém, em agosto deste ano, o decreto venceu e o governo municipal não concluiu o processo de desapropriação da área. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente alegou, à época, que não havia dinheiro.
Em novembro, foi divulgada a compra do terreno pelas incorporadoras Setin e Cyrela -- que pretendem construir ali duas torres.
Desde então, o local tem sido palco de festas e ocupações de moradores da região e ativistas que defendem a preservação da área verde.