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Dilma diz que inventaram um crime de responsabilidade; acompanhe atos
Neste domingo (1º), no Dia do Trabalho, as principais centrais sindicais do país, contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, vão às ruas para medir forças. A presidente, em seu discurso no ato organizado pela CUT, em São Paulo, afirmou que "inventaram um crime de responsabilidade" contra ela. A entidade estimou que 100 mil pessoas estiveram no ato no Vale do Anhangabaú.
Até então confirmado, o ex-presidente Lula cancelou sua participação no evento por estar sem voz. Ele ligou para Dilma e disse que recebeu recomendação médica para não comparecer. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o presidente do PT, Rui Falcão, discursaram durante o ato.
No ato da Força Sindical, em São Paulo, que reuniu artistas e políticos da oposição, o presidente da entidade e deputado federal pelo Solidariedade, Paulinho da Força, criticou o "pacote de bondades" que Dilma vai anunciar. Segundo ele, é um ato mais de desespero e vingança do que uma medida para beneficiar a população.
Em ao menos 14 Estados são realizados atos contra e a favor de Dilma.
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Para presidente da CUT, o povo sabe que o impeachment não resolve os seus problemas
SÃO PAULO - O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que uma pesquisa encomendada pela CUT diz que o "povo brasileiro entendeu que o impeachment não resolve os seus problemas".
"Os golpistas estão vendendo que no dia seguinte ao impeachment o Brasil sai da crise. O impeachment aprofunda a crise", disse. "Se fizerem o golpe, vamos estar na rua pra trazer a presidente de volta."
Temer está articulando a 'terceira etapa do golpe', diz Alexandre Padilha
SÃO PAULO - À Folha, o secretário de Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, disse que o vice-presidente Michel Temer está articulando a "terceira etapa do golpe".
"O Temer está, na calada da noite, operando a terceira etapa do golpe. A primeira etapa foi por dentro do governo, municiando e apoiando ações da oposição, e a segunda, se aliando a um grupo parlamentar dirigido e liderado pelo Eduardo Cunha [presidente da Câmara e deputado pelo PMDB-RJ]. E agora, na calada da noite, tenta fazer a outra etapa do golpe, mas nós vamos resistir até o fim", afirmou.
Veja momento em que defensores de Bolsonaro discutem com manifestantes no Pará
Lula não participará de ato ao lado de Dilma, diz assessoria da CUT
SÃO PAULO - Até então com presença confirmada no ato organizado pela CUT, o ex-presidente Lula não participará do evento. De acordo com a assessoria da entidade, o petista está completamente sem voz e tem de se cuidar.
Deputados cearenses que votaram contra Dilma são vaiados em ato
FORTALEZA - Deputados cearenses que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff foram vaiados durante discurso dos líderes da manifestação que ocorre na capital do Estado.
O protesto já está sendo dispersado na quadra esportiva do Cuca, na Barra do Ceará. De acordo com a CUT, 15 mil pessoas participaram do ato deste domingo. Não há estimativa da PM sobre a manifestação.
Manifestantes deixam praça na capital do Pará
BELÉM - Manifestantes já estão deixando a praça da República, na capital paraense, mas políticos e sindicalistas seguem os discursos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Também há shows musicais no local. Envolvido num princípio de tumulto, um grupo favorável ao impeachment e com camisas com a inscrição "Bolsonaro presidente" também já foi embora.
Organização e Polícia Militar não farão estimativas de participantes do ato.
'Talvez estejamos vivendo um dos momentos mais importantes desde o golpe de 64', diz Haddad
SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que "talvez estejamos vivendo um dos momentos mais importantes desde o golpe de 64".
Ele disse que a direita se rearticulou, está forte, mas subestimou a capacidade de articulação dos trabalhadores. Segundo ele, enquanto a classe trabalhadora tiver unida, jamais haverá retrocesso de direitos sociais.
Rui Falcão chama Temer de usurpador
SÃO PAULO - No ato da CUT, Rui Falcão, presidente do PT, chamou o vice-presidente Michel Temer de usurpador e afirmou que ele já começa a trabalhar em um programa regressivo.
As críticas foram contra mudanças na regra de reajuste do salário mínimo e da vinculação do reajuste das aposentadorias ao salário mínimo.
"Eu não converso com golpista, com quem trai a sua própria colega de chapa. Quer ser um presidente sem voto, é um presidente biônico", disse, sobre os boatos de que Temer gostaria de dialogar com o PT.
Em ato da CUT, político convoca greve geral para barrar "o golpe na porrada"
SÃO PAULO - Antônio Carlos, do PCO (Partido da Causa Operária), em seu discurso no ato da CUT, classificou como derrotista a proposta de novas eleições. "Não temos que ter proposta de eleição, coisíssima nenhuma", disse.
"Não aceitamos a proposta derrotista de novas eleições. Temos que convocar greve geral, sair às ruas", acrescentou. Para ele, o objetivo da greve geral é barrar "o golpe na porrada".
O deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP) afirmou que "300 deputados não valem 54 milhões de votos" e chamou o coro "Cunha, pode esperar, a sua hora vai chegar".
Para ele, Dilma é vítima de uma aliança que junta corruptos, traidores e torturadores.
"Esse golpe não começou hoje, começou em 26 de outubro, quando sofreram a quarta derrota, eles sinalizaram que não iam aceitar. Se esse golpe avançar, o Temer vai conhecer o inferno", afirmou.
Do palco, foram citadas as presenças de políticos de esquerda como os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Jandira Feghali (PC do B-RJ), que foi ovacionada ao ter a presença anunciada. Por enquanto nenhum deles discursou.
Zanone Fraissat/Folhapress e Jorge Araújo/Folhapress Centrais sindicais pró e contra Dilma vão às ruas no 1º de Maio, em São Paulo