Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.
O vigésimo-terc...título!
Está nas mãos alviverdes escrever o "eiro" que ainda falta para comemorar mais uma conquista estadual.
Está nos pés palmeirenses obter na Vila Belmiro o resultado que permita levantar mais uma taça.
Poderia estar muito mais fácil se o time tivesse se aproveitado de jogar por 35 minutos com um jogador a mais e, é claro, se Dudu não desperdiçasse a cobrança de pênalti que lhe coube, algo incompreensível pois é sabido que ele não finaliza bem.
Até fazer seu gol na altura de meia hora de jogo, o Palmeiras queria jogar e o Santos, sem Robinho, só especulava. Nem a perda do machucado Arouca incomodou o Alviverde porque Claiton Xavier entrou muito bem no jogo.
Dele partiu o passe para Lucas cruzar e Leandro Pereira fazer o 1 a 0 que acabou sendo pouco como placar final.
A posição de impedimento de Robinho no lance dará pano para manga. Se o esperto corta-luz que fez não é participar do lance nunca mais se saberá o que é participar do lance.
É possível que o experiente grupo palmeirense tenha tanta confiança em seu taco que mesmo diante de quase 40 mil torcedores não tenha querido se arriscar a levar um contra-ataque e perder a vantagem.
O contra-ataque até veio, mas Vitor Hugo evitou ao travar Ricardo Oliveira, já sem a velocidade de antes, na hora agá.
Mas com o Robinho original muito provavelmente em campo, o risco na Vila Belmiro será enorme.
Verdade que o Palmeiras se dá bem lá, com 42 vitórias, 41 derrotas e 17 empates, com 209 gols feitos e 207 sofridos, embora não vença desde abril de 2011 e há seis jogos, com cinco derrotas.
Quis o destino que 101º clássico na Vila entre os dois decida o título estadual.
O Palmeiras está mais perto do 23º título, mas o 21º santista que pareceu ter ido por água abaixo quando, corretamente, Paulo Ricardo foi expulso por fazer o pênalti em Leandro Pereira, é mais que uma possibilidade, é bastante viável.
E não era para ser.
CONTRA A MP
Até o momento os argumentos esgrimidos contra a Medida Provisória do Futebol primam por ser pedestres para sorte de seus defensores –comprove na página Tendências/Debates do sábado passado.
Mas, para azar nosso, são, também, intelectualmente desonestos, que é uma forma de corrupção.
Porque mentem.
Mentem ao confundir autonomia das entidades esportivas com soberania, algo que o STF enterrou. Mentem ao anunciar que os clubes brasileiros ficariam impedidos de disputar torneios internacionais.
E chegam ao anedótico ao considerar que o direito de voto aos atletas, como nos Estados Unidos, é constituir uma classe de privilegiados.
Que os cartolas e seus porta-vozes amestrados debatam de maneira tão rasteira, faz parte e não é novidade.
Mas que seus pareceristas insinuem que a estrutura de nosso futebol não é velha, leviana e problemática, é apenas ridículo.
E faz a Alemanha gargalhar uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete vezes.
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade