Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.
Palmeiras não é líder à toa, e time que quer ser campeão precisa saber sofrer
O Grêmio jogou melhor que o Palmeiras e mereceu vencê-lo.
Mas o Palmeiras não é líder à toa e um time que quer ser campeão precisa saber sofrer.
O Palmeiras soube ao ver o goleiro Jaílson fazer milagre nos pés do gremista Pedro Rocha e em bola que acabou no travessão, depois de leve desvio seu em falta cobrada por Edílson.
O Palmeiras queria o 0 a 0 que lhe deixou um ponto à frente do Flamengo, seu grande adversário depois de amanhã, na arena palmeirense.
Mas, igualzinho ao Grêmio, o Palmeiras mandou uma bola no travessão com Dudu e viu, no fim, Marcelo Grohe evitar o gol de Rafael Marques.
Quer dizer, mesmo inferior durante todo o jogo, também soube trocar chumbo com o rival.
O Brasileirão pode embolar ainda mais caso o Galo bata o Fluminense hoje à noite, no Rio.
Lembre que foi uma vitória atleticana sobre o Palmeiras, em São Paulo, que embolou o G4, razão pela qual o embate com os cariocas é de vital importância para a busca do título.
A se lamentar que, pelo jeito, Gabriel Jesus, com lesão muscular, ficará de fora, algo que nem ele, nem os palmeirenses merecem.
Aliás, nem nós, meros apaixonados por futebol.
Porque o jogão desta quarta-feira (14) é desses que ninguém pode perder e que tornam pequena a nova casa alviverde.
Rodrigo Rodrigues/Flickr-Gremio/Divulgação | ||
Gremista Douglas e Zé Roberto, do Palmeiras, disputam bola durante partida do Brasileiro |
RODADA TRICOLOR
O São Paulo não tem por que se queixar da 24ª rodada do Brasileiro.
Mais de 27 mil torcedores pagaram ingresso para empurrá-lo ontem pela manhã e viram um time disposto, com volume de jogo e capaz de despachar o Figueirense que estava em seus calcanhares, a apenas um ponto dele: 3 a 1, fora bola na trave e grandes defesas do goleiro adversário, Gatito Fernandez, assim como nova boa atuação do artilheiro argentino Chávez.
Se não bastasse livrar quatro pontos da zona do rebaixamento, o Tricolor festejou as derrotas do Vitória, do Coritiba, do Inter e do Cruzeiro, todos concorrentes nesta incômoda situação.
Teve mais: o Cruzeiro, próximo adversário no Morumbi, na quinta (15), em novo jogo chamado de seis pontos, não terá nem o uruguaio De Arrascaeta nem o argentino Ábila, ambos suspensos pelos terceiros cartões amarelos que receberam na surpreendente derrota, em casa, para o Botafogo, os dois maiores artilheiros do time, cada um com seis gols.
Carla Carniel/Codigo19/Folhapress | ||
Cueva comemora o segundo gol do São Paulo sobre o Figueirense |
O CLÁSSICO
O Corinthians fez um primeiro tempo tão bom na Vila Belmiro que não acreditou ser capaz de repeti-lo no segundo.
Com 1 a 0 de vantagem, embora tenha atuado para ir para o intervalo até com um placar maior, e contra um Santos nada criativo pelas ausências que lhe foram impostas por arbitragem calamitosa em Porto Alegre, o time permitiu que o rival, mesmo aos trancos e barrancos, apertasse.
Apertasse até conseguir empatar e deixar claro que viraria caso o Corinthians não mudasse de postura.
Não só não mudou como recuou ainda mais e o Santos, com justiça, virou: 2 a 1, gol de Renato de cabeça.
Na briga por vaga na Libertadores, máximo que o time corintiano pode almejar, o Santos tem mais chances.
Já pelo título, os pontos que o time praiano deixou escapar parecem condená-lo a também não disputar, embora time tenha para tanto.
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