Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Planos odontológicos têm pior queda da história em total de beneficiários
Os planos odontológicos, que até então não haviam sido afetados pela crise, perderam 274 mil beneficiários nos três primeiros meses deste ano, a maior baixa em relação ao trimestre anterior desde o início da série histórica em 2000.
A retração é de 1,25%, mas representa um ponto de inflexão: a curva, que vinha em ascensão, passará a ter quedas, diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).
"O próximo trimestre deverá trazer uma nova redução, de escala semelhante."
O desemprego é o principal fator apontado -os planos coletivos empresariais representam cerca de 75% do total.
SORRISO AMARELO - Beneficiários de planos odontológicos
As ondas de demissões no país já haviam atingido o setor de planos médico-hospitalares que, em 2015, perdeu 766 mil beneficiários.
Os planos odontológicos tardaram mais a sentir os efeitos da crise por terem um custo médio mais baixo e passarem uma melhor percepção de custo-benefício, diz Carneiro.
Além disso, é um mercado mais recente no país, com potencial de crescimento, afirma Geraldo Lima, presidente do Sinog (sindicato do setor).
"Menos de 50% dos que têm plano de saúde contratam o odontológico. É uma cultura em amadurecimento."
Para o próximo trimestre, a entidade é mais otimista, e espera crescimento de 2,6%.
Nos últimos cinco anos, o número de beneficiários do setor cresceu mais de 40% no país, com a entrada de 6,6 milhões de novos clientes -os planos médico-hospitalares somavam, no fim de março, 48,8 milhões.
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SANGUE RENOVADO
A BD, multinacional fabricante de equipamentos para a área de saúde, vai investir US$ 30 milhões (R$ 106,1 milhões) na construção de uma segunda planta em Curitiba.
A nova fábrica do grupo servirá à produção de tubos para coleta de sangue, e o investimento e a implantação levarão de um a dois anos para se concretizarem.
As duas unidades atuais produzem de seringas a coletores para o descarte de materiais cortantes.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Vincent Forlenza, executivo da multinacional de saúde |
"Os mercados emergentes, entre eles o Brasil, representam cerca de 16% da receita anual da BD", diz Vincent Forlenza, principal executivo do grupo.
A perspectiva de crescimento das operações em países em desenvolvimento ainda é grande, por serem mercados que têm como prioridade prover assistência médica a uma fatia maior da população, lembra ele.
"Sendo uma atuação local com fabricação de produtos, o Brasil tem uma importância para nós que vai além do atendimento ao mercado interno. Os produtos brasileiros são vendidos em todo o mundo."
Com a compra da americana CareFusion, em 2015, a BD reforçou também a presença nos Estados Unidos e incluiu itens, como bombas de infusão, em seu portfólio.
2 FÁBRICAS
tem a multinacional no
Brasil, uma em Juiz de Fora (MG) e a outra em Curitiba
45 MIL
é o total global de funcionários
R$ 1 BILHÃO
foi o faturamento da operação no Brasil no ano passado
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PECHINCHA OLÍMPICA
Com a desvalorização do real em relação ao dólar, os voos dos Estados Unidos ao Rio de Janeiro nos três primeiros meses deste ano foram até 35% mais baratos que os pagos no mesmo período de 2015, segundo a Adobe Systems Brasil.
No mesmo período, as diárias de hotel na cidade ficaram até 21% mais baixas.
Mesmo com as oscilações do câmbio, a perspectiva é que os preços sigam atrativos até agosto, quando começam os Jogos Olímpicos, diz Fabio Sambugaro, vice-presidente da empresa no Brasil.
São Paulo também se mostrou um destino econômico aos norte-americanos, de acordo com a pesquisa.
Entre os treze países mais visitados pelos turistas dos Estados Unidos, a capital paulista registrou a diária de hotel mais barata. A média por noite é de US$ 96 (R$ 336, aproximadamente).
O custo da passagem de avião foi considerado intermediário, de US$ 0,12 (R$ 0,42) por milha -mais econômico que cidades europeias como Roma e Madri, e mais cara que Istambul e Pequim.
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SEM SUSTO
Na hora de contratar um seguro, as pessoas tendem a priorizar seus bens e deixam em segundo plano a proteção à perda de renda prematura -em geral, por desemprego, invalidez ou morte.
A análise da empresa de seguros Zurich, em pesquisa feita em 18 países, mostra que se trata de um "problema global", segundo o diretor da companhia, Carlos Tejeda.
"Nos Estados Unidos, dois terços das viúvas que haviam contratado seguros contra esses riscos perceberam depois que eles estavam aquém de suas necessidades."
No Brasil, os seguros do tipo crescem, por ano, entre 14% e 15%, diz Tejeda.
"É um mercado em alta, mas ainda existe muito espaço para se expandir. Com o envelhecimento da população, aumenta a chance de perda de renda inesperada."
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Tratamento... Para 67% das funcionárias do grupo Sanofi, no nível de média gerência, é certo chegar a um alto cargo gerencial na empresa, mostra pesquisa da farmacêutica.
...maternal A companhia atribui o alto percentual a medidas internas de valorização, como o custeio de viagens de bebês e de um acompanhante para as mães que estão em fase de amamentação.
Gestão fortalecida A Intelipost, de gestão de logística, fará um aporte de R$ 7 milhões. O investimento servirá para desenvolver novos produtos.
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HORA DO CAFÉ
Editoria de Arte/Folhapress | ||
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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