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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
No FMI, Meirelles defende o Brasil que 'rola de um escândalo para outro'
Não é só Dilma Rousseff que dá longas entrevistas no exterior —agora ao "Washington Post", prevendo um Trump brasileiro.
O ministro Henrique Meirelles, que está em Washington para a reunião do FMI, falou à CNBC, o principal canal financeiro de notícias. Foi obrigado a elogiar a carne brasileira, "bastante segura", mas o que mais fez foi defender o país que, na pergunta do âncora, "rola de um escândalo para outro".
Meirelles respondeu ser "um processo no Brasil que, no fim do dia, vai deixar o país mais forte institucionalmente". Acrescentou ter encontrado colegas, no FMI, que teriam falado:
— Meu país não sobreviveria ao processo pelo qual o Brasil está passando.
O ministro da Fazenda também respondeu, quanto às dúvidas em torno da recuperação global, que vê "um cenário que pesa um pouco mais para o lado positivo". Lembrou que a temida "aterrissagem forçada da China não aconteceu" e que ainda é preciso esperar para ver se Donald Trump vai cumprir suas ameaças protecionistas.
Reprodução/'The Economist' | ||
'RIVETING'
Com a ilustração acima e o enunciado "Vítimas de Fachin", a nova edição da "Economist" descreve a lista como "fascinante", mas diz que "ainda não afeta o mundo real", no Congresso.
A revista avalia que Michel Temer, também citado e com uma greve geral pela frente, enfrenta tarefa cada vez mais difícil para aprovar as reformas.
'MIGHTY'
No vídeo acima e em reportagem no "Financial Times", "Brasileiros ponderam a volta do antes poderoso Lula ".
O jornal diz que seria "um dos retornos mais impressionantes" da América Latina, mas que o ex-presidente enfrenta obstáculos como uma eventual condenação em segunda instância e a possível candidatura de João Dória.
NOVAS POTÊNCIAS
Em longa reportagem, o "Wall Street Journal" destaca, no título: "Fazendeiros americanos, que já alimentaram o mundo, são sobrepujados por novas potências". Mais especificamente, duas, "as colheitas de soja no Brasil e trigo na Rússia", que superaram os Estados Unidos em exportação.
O jornal se concentrou, por um lado, no Brasil, com a previsão de que o país "vai se tornar um ator agrícola ainda mais poderoso: eles têm o clima, o conhecimento e a área ". Por outro, foi até Illinois, no Meio Oeste americano, onde um fazendeiro segue a previsão do tempo no Brasil, para ver o que vai acontecer com os preços mundiais, e diz:
— Nós temos que aprender os modos para comer numa mesa maior, isso é difícil para a nossa psique.
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'ACABOU'
Os 11 candidatos do debate presidencial na França já estavam nos estúdios do canal France 2 quando aconteceu o ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico. De vermelho, no centro da fileira de candidatos engravatados, Marine Le Pen lançou então frases como:
— Eu não quero que a gente se acostume com o terrorismo islâmico, eu não quero dizer à nossa juventude para conviver diariamente com este perigo... Acabou a frouxidão, acabou a ingenuidade!
Antes mesmo do ataque, ela já era o foco da atenção global, como no perfil do "New York Times", intitulado "Uma proposta de extrema-direita para tornar a França 'mais francesa'".
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