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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
Da Coreia do Norte aos EUA, avança a 'guerra de palavras' nucleares
Na narrativa do "New York Times", a Coreia do Norte soltou nova nota retórica: "Alcateias de lobos estão vindo em ataque estrangular a nação". Mas desta vez veio também a ameaça de "ação física", o que foi entendido como novo teste nuclear ou de míssil.
Daí a reação de Donald Trump, com retórica aos trancos: "Eles serão recebidos com fogo e fúria e francamente poder como nunca o mundo jamais viu antes". Expressões como "fogo e fúria" foram associadas a bombardeio nuclear —dois dias após o aniversário de Hiroshima.
Na narrativa do "Washington Post", por outro lado, o que levou à ameaça de Trump foi a informação, revelada pelo jornal, de que "funcionários de inteligência" anônimos concluíram que a Coreia do Norte produziu uma "ogiva nuclear miniaturizada que cabe em seus mísseis".
Qualquer que seja a motivação, até a Fox News, como mostra o vídeo acima, se assustou com Trump e sua "guerra de palavras" —que ecoou mundo afora, do alemão "Süddeutsche Zeitung" ao "South China Morning Post".
Mas na China ele não foi manchete, em parte porque o país sofreu um terremoto de magnitude 7.
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