Após lentidão em rodovias, Cubatão suspende decreto sobre caminhões
A Prefeitura de Cubatão vai suspender o decreto que restringia o horário de circulação de caminhões nos dois únicos pátios da cidade usados para regular o acesso de caminhões ao porto de Santos, segundo a assessoria de imprensa da Agência Metropolitana da Baixada Santista.
O decreto estava valendo desde ontem (27) e provocou longas filas em rodovias da região. A Anchieta chegou a registrar mais de 20 km de congestionamento na manhã de hoje. O problema no trânsito nas rodovias poderia ser agravado ainda mais durante o feriado de Corpus Christi, comemorado na próxima quinta-feira (30).
Em reunião com prefeituras de cidades da Baixada Santista e representantes do setor portuário na tarde desta terça-feira, foi decidida a criação de um Comitê de Gestão de Crises, que discutirá soluções para o problema. Foi marcado um novo encontro, na próxima terça-feira, quando a decisão pode ser revista.
"Tomamos essa decisão em conjunto, pois foi a melhor forma que encontramos para solucionar esse problema. Estávamos tendo congestionamentos monstros. O decreto não foi uma medida simpática nem tinha o desejo de ser. Ele está suspenso de hoje, às 18h, até o mesmo horário da próxima terça", declarou a prefeita.
A prefeita informou que publicará outro decreto neste sábado, para confirmar a suspensão. Uma das hipóteses levantadas para resolver o problema de congestionamento na região, causado pelo tráfego intenso de caminhões, é procurar pátios em São Paulo, antes da descida para o litoral.
DECRETO
De acordo com o decreto, expedido na última sexta-feira (24), pela prefeita Marcia Rosa (PT-SP), os pátios da Elog e do Rodopark, localizados em Cubatão, só poderiam funcionar das 8h às 18h. Os dois estacionamentos possuem 1.650 vagas.
Com a restrição, uma fila de caminhões se formou ao longo da rodovia Cônego Domênico Rangoni, antiga Piaçaguera-Guarujá, gerando lentidão em todo o sistema Anchieta-Imigrantes.
"Tive de tomar essa medida porque há anos o trânsito na cidade está caótico, sobretudo durante o dia. Pessoas estão deixando de trabalhar, a indústria não tem como escoar a produção e os caminhões parados na estrada com o motor ligado provocam poluição atmosférica, sem falar dos assaltos nos congestionamentos".
"Antes de baixar o decreto enviei ofício pra diversas autoridades, empresários e não obtive resposta. Então tomamos essa decisão porque achamos que era o melhor para Cubatão. Não tínhamos o desejo de causar problemas maiores", completou a prefeita da cidade.
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