Região de Ribeirão Preto tem 3 mortes por dengue; quarto caso é apurado
A epidemia de dengue que atinge uma em cada dez cidades do país já provocou três mortes, duas delas devido à forma hemorrágica da doença, na região de Ribeirão Preto em 2015. Uma quarta morte ainda é investigada.
Com 735 casos confirmados da doença, uma alta de 115,5% em relação aos 341 registros de 2014 inteiro, São Carlos decretou situação de emergência devido à epidemia e investiga uma morte.
O encarregado Gilson Alves, 40, morreu na última quarta-feira (18), duas semanas após apresentar sintomas da doença –febre alta e dores musculares e na cabeça. A prefeitura diz aguardar resultado do exame para confirmar a causa da morte.
A cidade é a que apresenta a pior situação entre as mais populosas da região: Araraquara soma 600 casos da doença, Ribeirão Preto tem 200 e Franca, 121.
Além dessa morte, outras três foram registradas, em Bebedouro, Severínia e Mococa.
Em Mococa, a confirmação da causa da morte ocorreu nesta sexta (20). A vítima é uma aposentada de 73 anos, que morreu uma semana antes. Neste ano, 2.242 pessoas tiveram dengue na cidade.
Em Bebedouro, que também enfrenta epidemia, com 774 casos, a morte de uma mulher de 74 anos ocorreu em janeiro, mas a confirmação só chegou nesta semana.
Segundo a administração, a causa foi a forma hemorrágica da dengue. Outros 596 suspeitos de terem contraído a doença aguardam resultados de exames.
A dengue hemorrágica também causou a morte de uma mulher de 43 anos em Severínia, no último dia 11.
Proporcionalmente, no entanto, a pior situação é enfrentada por Trabiju, com 112 registros da doença até o início do mês, para uma população de 1.650 pessoas.
"Para combater a dengue temos feito, inclusive à noite, visitas para eliminar criadouros, além de arrastões", disse William Ademir Letice, diretor de Saúde de Trabiju.
Apesar de não enfrentarem epidemia, Ribeirão Preto e Franca vivem o avanço da doença este ano.
Enquanto no primeiro semestre de 2014 Ribeirão havia apresentado apenas 34 casos, neste ano já são 200.
Para o infectologista Benedito Antonio Lopes da Fonseca, da USP Ribeirão, uma explicação para a doença não se propagar tanto na cidade é que ela já sofreu muitas epidemias nos últimos anos.
"Em 2010 e 2011, as epidemias foram do tipo 1 da dengue. Agora, o que circula é o próprio tipo 1, e muitos habitantes estão imunes porque já foram infectados. A população suscetível é menor."
A dengue tem quatro sorotipos. Quando a pessoa é infectada por um deles, fica imune a esse tipo.
Franca, que teve 36 confirmações de janeiro a março do ano passado, agora já tem 121, segundo a prefeitura.
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