Câmara de Ribeirão Preto (SP) define 22 vereadores para 2013
Após pressão de entidades e um abaixo-assinado com 31 mil assinaturas contra o aumento de 20 para 27 vereadores, a Câmara de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) definiu ontem (15) que serão criadas duas novas vagas a partir do ano que vem.
O número foi definido em reunião no final da tarde entre parlamentares e representantes de entidades de classe do município.
Foi o segundo recuo da Câmara em menos de um mês. Depois de também sofrerem pressão popular, os vereadores desistiram de um aumento salarial de 40%. Em abril, definiram o reajuste em 17%.
Esse foi o quarto encontro entre as associações e a Câmara. A reunião, prevista para ser encerrada antes do início da sessão, às 18h, durou cerca de duas horas.
O motivo: parlamentares e entidades não entravam em acordo sobre o número considerado ideal. Segundo participantes do encontro, a maioria dos vereadores era favorável à criação de 23 cadeiras. Já as entidades, 22.
O presidente da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), José Carlos Carvalho, disse que o critério para chegar ao número levou em consideração o total de habitantes da cidade.
De acordo com o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB), será feita uma nova proposta sobre o assunto para entrar na pauta nas próximas sessões.
Alterações quanto ao número de vereadores para 2013 devem ser feitas até 10 de junho, quando são iniciadas as convenções dos partidos.
Durante o anúncio do número de cadeiras, o presidente da Casa e representantes das entidades trocaram elogios. "Desde o início abrimos as portas para o diálogo", afirmou Cícero.
Ainda segundo ele, essa foi a primeira vez que representantes da Acirp, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) se organizaram para obter esse diálogo com a Câmara.
'DIA HISTÓRICO'
Carvalho classificou a data de ontem como um "dia histórico" para Ribeirão.
Com a redução de 27 para 22 vereadores, a Câmara deverá ter uma economia com os salários dos parlamentares em R$ 54,75 mil por mês --os gastos, que seriam de R$ 295,6 mil, passam a ser de R$ 240,9 mil mensais, somente com os salários.
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