'Importação' de médicos é jogo político, diz conselho federal
A "importação" de médicos para o Brasil é um jogo político que tem pretensões eleitoreiras e mascara a vinda de profissionais cubanos para o Brasil. A afirmação é do presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto d'Ávila.
O órgão tem contestado a proposta do governo de atrair médicos de outros país.
O presidente diz que o CFM não é contra a entrada de estrangeiros, desde que passem pelo Revalida, exame que avalia a competência do médico.
"Nos últimos dois anos, os cubanos que tentaram foram reprovados no Revalida. Então, não querem fazer a revalidação porque sabem que esses médicos serão reprovados", afirma d'Ávila.
O presidente do CFM diz que a falta de médicos é um sofisma para justificar a vinda dos estrangeiros. "Sobram médicos na saúde suplementar. Faltam médicos é no SUS [Sistema Único de Saúde]."
Também há falta de profissionais em algumas especialidades, como pediatria. Segundo ele, isso ocorre devido à baixa remuneração por consulta. Por outro lado, áreas com maior rentabilidade, como cirurgia plástica e anestesia, atraem mais médicos.
Para d'Ávila, o governo não se preocupou em ser competente para atrair especialistas para o setor público.
"[As justificativas] São sofismas para escamotear a realidade do país, que é a falta de financiamentos."
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