Análise: O time que parou uma guerra foi vítima de um massacre
No dia 21 de maio, quando tentava convencer o Santos a vender Neymar de uma vez, cartolas do Barcelona fizeram uma sugestão: que tal dois amistosos entre os times, um lá, outro cá. A diretoria do clube brasileiro adorou.
Olhando hoje, não poderia ter havido ideia pior.
O time que já parou uma guerra em 1969 foi vítima de um massacre na Catalunha.
A festa para Neymar ficou em segundo plano, a atuação do novo astro blaugrana também --uma bela assistência, um chute na trave.
A goleada de 8 a 0 desta sexta-feira foi uma das maiores da história do torneio Joan Gamper. E ainda há um jogo de volta a ser disputado no Brasil.
Um dos argumentos apresentados pelo Barcelona para convencer o Santos foi de que o amistoso ajudaria na "internacionalização" da marca. O Santos, talvez o time brasileiro com mais história fora do país, virou piada mundial durante e depois da goleada.
Não poderia haver momento pior para enfrentar o Barcelona. A esquadra catalã ainda é a mesma que dominou o mundo nos últimos anos. Com a diferença que tem um técnico novo, um forasteiro (o argentino Tata Martino), a quem todo mundo quer mostrar serviço.
O time está sendo reconstruído por garotos depois da saída de Neymar (e do técnico Muricy Ramalho), faz campanha digna no Campeonato Brasileiro --a ver que consequências o baile do Camp Nou terá na jovem equipe.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade