Elogiada pela Fifa, Rússia encerra teste para a Copa do Mundo sem traumas
Rodolfo Buhrer/La Imagem/Fotoarena/Folhapress | ||
Vista da Arena Kazan, estádio da cidade de Kazan, na Rússia, após partida da Copa das Confederações |
A Rússia tentou provar nos últimos 16 dias que está pronta para receber a Copa do Mundo de 2018. A se avaliar pelo o que foi visto durante Copa das Confederações, o país passou no que é considerado um teste para a Fifa. A Folha esteve em três das quatro sedes do torneio preparatório para o Mundial.
Dores de cabeça no Brasil, a entrega dos estádios e o sistema de transporte entre as cidades que recebem jogos não foram problemas para os russos, que lutam contra outros receios em relação à organização.
"Antes do torneio, ouvimos muito sobre violência, incidentes, hooligans, racismo, infraestrutura. E não tivemos nada ruim. Se um torneio problemático se parecer com este, quero ter muitos torneios problemáticos. Porque foi um grande sucesso", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
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ESTÁDIOS
Foram usados quatro dos 12 estádios da Copa. A avaliação é positiva em relação a acesso do torcedor, conforto e alimentação. Houve mais tempo do que na edição do Brasil para testes, o que evitou falhas. O único que teve problema foi a arena de São Petersburgo. O gramado foi criticado por atletas e não pôde ser usado em nenhum treinamento.
Avaliação:
SEGURANÇA
A Fifa temia ação de hooligans e ataques terroristas no torneio. Por isso, testou o cadastramento de torcedores, o chamado Fan ID. O documento continha todos os dados e fotos dos espectadores e serviam como visto de entrada e passe livre no transporte. Não houve registro de brigas ou outros incidentes nos estádios ou em áreas de competição. A revista era rigorosa nas arenas. Computadores e celulares tinham de ser ligados para verificar se não escondiam explosivos. Não houve ocorrências.
Avaliação:
PÚBLICO
Até 50 dias antes do início do torneio, nem 50% dos bilhetes haviam sido vendidos. Com a chegada da competição e seu andamento, o interesse do público cresceu. Em Sochi, porém, ele foi inflado com ingressos gratuitos. A média foi de 39.269 espectadores em 16 partidas. Tirando a edição do Brasil em 2013, com média de 50.291, foi a maior desde 1999 no México.
Avaliação:
TRANSPORTE
O Comitê Organizador, em parceria com a estatal de trens, criou linhas especiais e gratuitas para torcedores e jornalistas ligando todas as cidades. Foram 262 veículos em circulação, com frequências diárias. Nas sedes, também houve aumento de linhas locais em dias de jogo e gratuidade no transporte.
Avaliação:
RECEPTIVIDADE
Não houve problemas de racismo ou homofobia, temores da organização, e os russos foram elogiados pelos turistas. A dificuldade do idioma, porém, não conseguiu ser minimizada. Voluntários do torneio tinham nível básico ou quase não falavam inglês. A sinalização de como chegar nas arenas e dentro delas foi perfeita, em inglês e russo. Nas cidades, porém, ainda faltam placas em inglês.
Avaliação:
ÁRBITRO DE VÍDEO
Jogadores reclamaram do uso do sistema no início do torneio. Nenhum erro grave foi cometido, e na maioria das vezes as decisões saíram em cerca de um minuto após a jogada, mais rápido que no Mundial de Clubes de 2016. Alguns lances duvidosos não foram revistos, como um suposto pênalti a favor do Chile na semifinal. A Fifa reconhece que precisa melhorar a velocidade e comunicação.
Avaliação:
Livraria da Folha
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