Repercussão
Jô Soares, apresentador:
"Por uma coincidência terrível, gravei com ele nesta semana. [Ele] não cabe em uma única homenagem, era de um tamanho que não cabe praticamente em lugar nenhum. Foi um amigo de muitos anos, de humor extraordinário."
Carlos Alberto de Nóbrega, humorista:
"Era a representação do boêmio carioca, embora fosse paulista. Dormia às vezes na calçada, nos bancos da praia de Copacabana, porque não tinha onde dormir. Deu um duro desgraçado e venceu."
Lucio Mauro Filho, ator, viveu Miele no filme 'Elis':
"Uma coisa importante é que ele sempre se atualizou, descobriu novos talentos, trabalhou até o último dia de vida dele."
Charles Möeller, diretor de teatro, dirigiu Miele no musical 'O Mágico de Oz':
"Ele era um curinga da vida artística. Era cantor sem ser cantor, ator sem ser ator, jornalista sem ser jornalista. Era uma enciclopédia viva. Miele era o Mágico de Oz brasileiro, estava perto de tudo, circulava como uma figura mítica. Era uma aparição."
Bayard Tonelli, bailarino e membro do grupo Dzi Croquettes:
"Ele foi muito importante para os Dzi Croquettes. Lembro do dia em que o Lennie Dale [fundador do grupo] nos levou pela primeira vez ao Monsieur Pujol [boate de que Miele foi dono]. Estávamos com roupas andróginas. Quando Miele viu aquilo, disse: 'Já estão contratados, só pelo visual!'. Sempre foi vanguarda."
Marcius Melhem, roteirista e ator da Globo, um dos criadores do 'Tá no Ar':
"Quando surgiu a ideia de ele participar do 'Tá no Ar' fazendo uma propaganda do Miele Gold, um trocadilho, eu liguei pra ele e ele topou na hora. E foi incrível. Ele tinha múltiplos talentos. E frequentou as melhores mesas do Brasil, nas mais diferentes épocas."
José Henrique Fonseca, cineasta, dirigiu Miele na série 'Mandrake':
Quando chamamos Miele para fazer Wexler, melhor amigo e sócio do Mandrake, um personagem ao mesmo tempo engraçado e generoso, já na primeira reunião vimos que o personagem estava ali. Uma coisa é certa: a partir de agora o céu vai ficar mais engraçado e generoso.