EI confirma morte de seu número 2, segundo gravação
Abu Mutaz al-Qurashi era responsável por ações no Iraque; também nesta terça, embaixada russa em Damasco foi alvo de morteiros
A milícia radical Estado Islâmico (EI) confirmou nesta terça-feira (13) que um de seus principais líderes, Abu Mutaz al-Qurashi, foi morto num ataque aéreo, segundo gravação obtida por um serviço de monitoramento.
Qurashi também é conhecido como Abu Muslim al-Turkmani, Haji Mutazz e Fadhil Ahmad al-Hayali e é tido como o número 2 da facção.
O serviço de monitoramento de atentados terroristas por grupos islâmicos Site diz que, em uma gravação, um dos integrantes do EI afirma que "os EUA se regozijam com a morte de Abu Mutaz al-Qurashi e consideram isso uma grande vitória". A citação é do jornal inglês "The Mirror".
A Casa Branca havia dito em 21 de agosto que Qurashi fora morto naquele mês no ataque de um drone (aeronave não tripulada) em Mossul, Iraque. Sua morte havia sido anunciada também em dezembro de 2014.
Mutazz era responsável pelas atividades do EI no Iraque, com participação estratégica na tomada de Mossul, em junho de 2014, uma das conquistas mais emblemáticas dessa milícia radical.
Anteriormente um coronel durante o regime do ex-ditador Saddam Hussein e um membro da Al Qaeda no Iraque, ele também coordenava o transporte de armas, explosivos, veículos e pessoas entre a Síria e o Iraque.
O militante era considerado o braço-direito do chefe do EI, Abu Bakr al-Baghdadi.
EMBAIXADA
Também nesta terça, a embaixada da Rússia em Damasco, capital da Síria, foi atacada por disparos de morteiros.
O ataque ocorreu enquanto centenas de manifestantes favoráveis ao regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, se reuniam em frente ao local para agradecer a Moscou por sua operação militar no país.
Dois projéteis atingiram o edifício diplomático. Não há informações sobre o dano provocado, nem a quantidade de mortos e feridos.
Antes dos ataques, os manifestantes exibiam pôsteres do presidente russo, Vladimir Putin, e de Assad, e agitavam bandeiras dos dois países.
De acordo com a organização Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que tem coletado informações sobre o conflito, os foguetes foram disparados por rebeldes islâmicos da capital. O chanceler russo, Serguei Lavrov, declarou que o país considera o ataque um ato terrorista.
No final do setembro, a Embaixada russa já tinha sido alvo de outro ataque com morteiros.