Painel do Leitor
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Eleições 2014
Enquanto a escolha do voto vai se definindo pelos cegos de amor ou ódio, nós, os indecisos, em meio a essa polarização caduca, nos aproximamos cada vez mais da opção do voto nulo.
MARCIA ADRIANA TARGA GONÇALVES (Atibaia, SP)
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Sobre o artigo "Para furar o teto" ("Opinião", 16/10), "o nível de escolaridade do eleitorado de Aécio, bem mais alto do que o de Dilma", uma ova. Eliane Cantanhêde, que já insultou o voto nordestino chamando-o de "camarada Nordeste", insulta, com sua frase ambígua, a intelectualidade brasileira, baseada em sempre suspeitosas estatísticas. Ao contrário do que imagina sua mal disfarçada antipatia pela presidente, há muito mais intelectuais, e de nível muito superior ao dos comentaristas de plantão, que votarão na presidente. Nós, quem, cara-pálida?
AUGUSTO DE CAMPOS, poeta (São Paulo, SP)
RESPOSTA DA COLUNISTA ELIANE CANTANHÊDE - Segundo o último Datafolha: considerados os votos válidos, Dilma tem 60%, e Aécio, 40%, entre os que têm ensino fundamental; Aécio tem 65%, e Dilma, 35%, entre os que têm ensino superior. São dados da realidade. Aliás, sou de família nordestina.
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Critico a péssima escolha do título "A volta do bicho-papão" ("Eleições 2014", 16/10) para o perfil de Arminio Fraga. É alarmista e quem não lê o texto na íntegra pode ver na imagem do ex-presidente do BC uma ameaça aos cidadãos de baixa renda, como prega mentirosamente o PT. Assim, os grandes feitos de Arminio podem passar despercebidos por um leitor menos atento.
ÉDER GARRIDO (São Paulo, SP)
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Sobre perfil de Andrea Neves ("Assunto de família", "Eleições 2014", 13/10), esclareço que é de minha autoria o documentário "Liberdade, Essa Palavra", de 2006, no qual jornalistas relacionam suas demissões com a divulgação de notícias que teriam desagradado ao governo Aécio Neves, em Minas, em seu primeiro mandato (2003 a 2006). No vídeo-resposta produzido pela campanha para reeleger Aécio, em 2006, Marco Nascimento e Ugo Braga não negaram seus depoimentos nem disseram que suas falas foram editadas no "Liberdade, Essa Palavra". Em 5/9/2006, a Folha publicou texto no qual Nascimento reiterou tudo o que havia me dito.
MARCELO BAÊTA CHAVES (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DA JORNALISTA DANIELA LIMA - No vídeo-resposta, os dois jornalistas isentam o governo mineiro de responsabilidade por suas demissões, contrariando a tese do documentário de Chaves.
Debate eleitoral
Já estava com saudade de Maria Rita Kehl ("Voto contra o retrocesso", Tendências/Debates, 16/10), sempre lúcida e contundente e ao mesmo tempo civilizatória, porque fala direto ao leitor, mas nunca se presta a baixarias. Dirão os adversários: "Mas nós também não". Nem precisam, porque terceirizam, nunca falam em primeira pessoa.
SYLVIA MANZANO (Praia Grande, SP)
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Maria Rita Kehl tem todo o direito de votar em quem quiser e apresentar suas razões para isso, mas não tenha a pretensão de achar que suas razões são inequívocas. Suas razões são fundamentadas, mas o propósito de expressá-las não. São propósitos típicos do embate "esquerda-direita" ricos em monotonia, requentados e unilaterais.
FRANCISCO MANOEL DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)
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Maria Rita Kehl defende um programa absurdo: o Mais Médicos. Ela afirma que os cubanos foram contratados com transparência pelo governo. Engana-se. Até o presidente da Associação Médica Mundial, Mukesh Haikerwal, demonstrou preocupação com o programa, ao afirmar que, "apesar da exigência na legislação brasileira, os integrantes do Mais Médicos não precisam comprovar conhecimentos. Não recebem salário, apenas bolsa, o que contradiz os direitos e leis trabalhistas do Brasil. Na imprensa internacional isso está sendo chamado de escravidão moderna'". Doutora, vamos defender os direitos humanos, sem paixões que nos impeçam de dizer a verdade.
YUSSIF ALI MERE JR., presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Xico Sá
Estou profundamente decepcionada com o colunista Xico Sá. Esquecendo seu compromisso com os leitores, ele simplesmente se demite por querer ir contra as regras préestabelecidas pela Folha de evitar colocação política. Que papel feio, a mim pouco importa em quem o colunista vai votar. O senhor Xico Sá deveria respeitar tanto as regras do jornal quanto seus leitores.
ANA TEREZA CALLEJA (São Paulo, SP)
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Como Xico Sá se desligou da Folha por ter o seu direito de manifestação política cerceado pela regra que visa evitar o "proselitismo eleitoral", entendo que Juca Kfouri deve ser desligado por justa causa (artigo 482, letra "h" da CLT, ato de indisciplina), em razão da coluna "Aécio é assim" ("Esporte", 16/10), na qual ataca o candidato tucano e, consequentemente, faz explícita campanha à candidata do PT.
CARLOS CARMELO BALARO, advogado (São Paulo, SP)