Painel do Leitor
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Eleições 2014
É bem-vinda a intervenção do TSE na propaganda eleitoral ("Justiça tira ataques de candidatos do ar", "Eleições 2014", 20/10). Afinal, são candidatos à Presidência da República, e são inconcebíveis os ataques às pessoas físicas, que devem ter sua privacidade protegida. Penso serem válidas críticas a ações ou omissões. O TSE, com isso, convida os candidatos a dizerem o que vão fazer e como, elevando o tom dos debates e propiciando aos eleitores chance de escolha.
PAULO SERGIO VARGAS WERNECK (Taubaté, SP)
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Lamentável a falta de projetos para a classe média, na pauta de discussões dos nossos presidenciáveis. A mesma classe média, responsável pelo desenvolvimento técnico-científico, cultural e social deste país e que se vê massacrada pelos impostos e o alto custo de vida, clama por mudanças urgentes. Estou farto de ouvir falar em "bolsas-esmolas" ou ajuda a banqueiros, industriais e plantadores de cana. Quero política séria para quem, como eu, conduz o Brasil de maneira séria. Seria um bom começo.
RICARDO BERTINI FILHO (Jaguariúna, SP)
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Andréa Neves não pertenceu a "grupo criado para mediar as relações com a imprensa" ("Andréa Neves reclama de ataques", "Eleições 2014", 20/10). Ela integrou o grupo técnico de comunicação social no governo estadual, de caráter meramente consultivo sem poder decisório ou função relativa à imprensa. Exerceu funções voluntárias, sem remuneração. Em 29/8/2008, quando súmula do STF estabeleceu o que é nepotismo, houve o desligamento de Tancredo Augusto Neves da diretoria do BDMG, do qual era funcionário concursado havia mais de 15 anos. Todos os demais citados pela campanha do PT não possuem grau de parentesco para configuração da prática de nepotismo.
OTÁVIO CABRAL, assessor de imprensa da Coligação Muda Brasil (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA ITALO NOGUEIRA - Embora as funções do grupo fossem apenas consultivas, Andréa Neves definia a linha a ser adotada pelos assessores de imprensa das secretarias do Estado na defesa do governo do irmão e participava da definição de estratégias para distribuição de verbas de publicidade.
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Quando Fernando Henrique Cardoso chegou ao poder, teve de pedir apoio ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Sem contar com dinheiro em caixa, o governo não teria nem como pagar os fornecedores. No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o PT, então na oposição, declarara guerra à privatização da Telebras, da Vale do Rio Doce, da Embraer e da Petrobras. A petroleira também deve ser privatizada --não há outra opção senão a venda, para conseguir livrá-la da corrupção.
CLÓVIS ANTONIO DOS SANTOS BERALDO (Campo Alegre, SC)
Debate eleitoral
No artigo "O choque de indigestão de Aécio" (Tendências/Debates, 17/10), não incluí a origem dos dados lá contidos por temer a supressão das informações disponíveis na internet. Lembro que caso semelhante ocorreu recentemente com dados do governador de Minas Gerais. Os dados referem-se a um relatório de finais de 2009 (fim do governo Aécio) feito pelos auditores fiscais da Receita do Estado de MG e assinado pelos 12 diretores da entidade que os representa. Os dados são aterradores. Qualquer um que leia esse relatório e entender seu significado não votará no candidato Aécio Neves. O endereço é: bit.ly/gestaomg.
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico e membro do Conselho Editorial da Folha (Campinas, SP)
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Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o professor Márcio Holland, em "Inflação, carne bovina,frango e ovo" (Tendências/Debates, 20/10), tenta se justificar pela declaração infeliz e imprópria sobre inflação, carne bovina e ovo. A citação é velha e o professor é novo: "Palavras são como flechas; lançadas cortam os ares sem retorno atingindo, ou não, o alvo". A Folha jogou um precioso espaço no lixo, e o leitor ficou sem a chance de ler algo construtivo.
CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)
CGU
Em relação à reportagem sobre o Pronatec ("Auditoria aponta descontrole em vitrine de Dilma", "Eleições 2014", 19/10), a CGU (Controladoria-Geral da União) esclarece: 1) longe de indicar descontrole, o relatório mostra o contrário: que o governo faz um duplo controle, sendo o controle primário feito pelo MEC e o de 2º grau a cargo da CGU; 2) procurada pela repórter, a CGU deixou claro que não apontou irregularidades no Pronatec, apenas ressalvas para seu aprimoramento, como ocorre nos programas de grande capilaridade e que não se esgotou o prazo para o MEC apresentar as providências de atendimento; 3) vale lembrar, por fim, que o acesso fácil da imprensa a essas informações é fruto da inédita política de transparência do atual governo.
THAISIS BARBOZA, chefe da assessoria de comunicação social da CGU (Brasília, DF)
RESPOSTA DAS JORNALISTAS RENATA AGOSTINI E FLAVIA FOREQUE - A reportagem relata falhas identificadas pelos auditores da CGU no Pronatec. Também informa que o MEC solicitou prorrogação do prazo para apresentar respostas às recomendações feitas.
Crise da água
Há cinco anos, já se falava na seca vindoura. No entanto, o governador de São Paulo deixou as reservas chegarem a quase zero para se mexer. Quem deixa a situação chegar a esse nível deveria ser punido exemplarmente. E leis não faltam. Está mais do que na hora de a sociedade punir judicialmente quem é pago para cuidar do povo e, por imprevidência, o deixa sem água.
ARTUR MENDES (Campinas, SP)