Painel do Leitor
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Popularidade
O PT se diz preocupado em resgatar sua história ("Lula critica PT e diz que partido tem se tornado igual aos outros", "Poder", 7/2). Como ex-eleitor que um dia acreditou naquela história, sugiro que comecem expulsando criminosos condenados como José Dirceu, José Genoino, João Paulo Silva e Delúbio Soares. Ou aquilo em que um dia acreditei era "história"?
HEINZ KLEIN (São Paulo, SP)
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Para reverter a imensa queda de sua popularidade, a presidente Dilma irá se valer do seu mandraque marqueteiro para enganar novamente a população ("Para tentar reação, Dilma vai recorrer a Lula e a marqueteiro", "Poder", 10/2) e, o que é pior, usando o dinheiro do povo enganado. Estamos no fim da linha mesmo.
ANGELO SCARLATO NETO (São Paulo, SP)
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Em próxima pesquisa da Folha de avaliação de governantes ("Crises derrubam popularidade de Dilma, Alckmin e Haddad", "Poder", 8/2), sugiro aferir também a popularidade dos ex-presidentes Lula, FHC, Sarney e Collor, que continuam a frequentar a vida política e a opinião pública destes "brasis".
LUIZ ERNESTO KAWALL (São Paulo, SP)
Aloizio Mercadante
Sobre a reportagem "PT quer reforço de Wagner na política" ("Poder", 8/2), o ministro Aloizio Mercadante informa jamais ter sugerido à presidenta Dilma Rousseff que não fosse à reunião do PT em Belo Horizonte. É público o fato de que Mercadante não acompanha as viagens da presidenta em razão das funções de gerenciamento desempenhadas por ele no governo. Também não é verdade que tenha decidido pela transferência do PRB do Ministério da Pesca para o dos Esportes ou pela candidatura de Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara. Estranhamos o fato de o ministro não ter sido procurado pela Folha.
DANILO MOLINA, assessor de comunicação social da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)
RESPOSTA DA JORNALISTA CATIA SEABRA - A informação sobre a sugestão do ministro foi transmitida à Folha por dois participantes de uma reunião em que foi discutida a possibilidade de Dilma não participar do encontro do PT.
Carnaval
Em relação ao artigo de Raquel Rolnik "Dramas e delícias do Carnaval" ("Cotidiano", 9/2), em que ela aponta as mazelas da falta de educação do paulistano nas ruas usando como exemplo positivo Recife, Olinda, Salvador e Rio de Janeiro, causa-me estranheza a desinformação. Sou carioca, vivi anos no Rio, morei por 20 anos em Salvador, frequentando Carnavais, e moro em Recife há dois anos. Conheci todos os Carnavais de perto. No que tange à sujeira nas ruas, mau cheiro, aperto e falta de educação do povo, nenhuma dessas cidades tem algo a ensinar de melhor a São Paulo.
MARCIO PINTO, psicólogo e advogado (Recife, PE)
Crise da água
Parabéns, Folha, pelo exemplar trabalho de educação consecutiva sobre a crise da água, destinando surpreendente quantidade de espaços para conscientizar o leitor. O jornal do mundo atual não pode mais destacar tão somente os fatos que revoltam e não transformam produtivamente o leitor; o jornal precisa destacar principalmente fatos capazes de tornar o leitor mais participativo para a construção de uma sociedade melhor. Adoramos apontar o erro dos outros, mas, como cidadãos, como agimos verdadeiramente?
ANTONIO CARLOS SIMÕES, jornalista (Santos, SP)
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Talvez mais preocupado em defender o candidato do PT fracassado nas urnas do que em relatar os fatos, o articulista Bernardo Mello Franco ("O desafio da torneira", "Opinião", 10/2) peca ao afirmar que o governador Geraldo Alckmin teria tentado esconder o problema da água durante as eleições. Oportunamente, o articulista esqueceu-se de lembrar que há mais de um ano a Sabesp iniciou campanha pública alertando sobre a questão hídrica. Apesar do momento de adversidade, Geraldo Alckmin tem sido transparente com a população. Está aí a explicação para o Datafolha atestar que a maioria dos paulistas acredita na sinceridade do governador.
CAUÊ MACRIS, deputado estadual e líder da bancada do PSDB na Assembleia (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA BERNARDO MELLO FRANCO - Mais preocupado em defender Alckmin do que em falar a verdade, o deputado perde a chance de explicar por que o governador prometeu que não faltaria água e passou a admitir o racionamento depois de garantir a reeleição.
Indústria farmacêutica
O que ocorreu com a EMS foi uma ótima oportunidade para a reavaliação dos parâmetros usados pela indústria farmacêutica ("Anvisa interdita parte da fábrica da maior farmacêutica do país", "Saúde", 5/2). A qualificação térmica de equipamentos, ambientes e embalagens para transporte é um assunto de extrema importância para a eficácia dos medicamentos e consequentemente para a saúde pública. Apesar de o tema não ter legislação específica, o processo deve ser executado e pautado em casos críticos e revisto periodicamente. A manutenção da temperatura do medicamento é tão essencial quanto a qualidade de sua produção.
LIANA MONTEMOR, vice-presidente da Associação Internacional de Engenharia Farmacêutica (São Bernardo do Campo, SP)
Arcos do Jânio
Para os acadêmicos de plantão, o grafite deve permanecer na berlinda, como arte de periferia, sem nenhum reconhecimento. Já foi dito que os arcos que tiveram a intervenção do grafite não sofrerão danos. Ainda assim, arquitetos conservadores continuam a exalar seu ranço sobre essa linguagem inclusiva, que dialoga com a população para além dos museus. É necessário um olhar livre de formalidades para que essa arte possa ser compreendida.
INES VIEIRA LOPES, cientista social (Campinas, SP)