Painel do Leitor
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Crise do governo
Eventuais discordâncias e desacordos com linhas adotadas no passado não podem nem devem inibir o apoio firme ao pensamento de hoje. Brilhante a conclusão do ex-ministro Delfim Netto em sua coluna ("Solidariedade", "Opinião", 8/7). O que falta aos críticos é simplesmente educação. Ofender e bater panelas me soa falta de argumentos e histeria. Se comprovada a culpa de quem quer seja ou onde quer que esteja, vamos usar o que a democracia tem como instrumento, a lei.
CARLOS VALMER P. THOMÉ DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)
A excelente coluna de Elio Gaspari ("O PSDB e seu mandato divino", "Poder", 8/7) é clara e responsável. Num momento em que a situação do país requer prudência e lucidez, o tucanato das plumagens aristocráticas e com memória danificada se atribui a missão divina de salvar o país. Um governo do doutor Aécio já.
MARIA HELENA COUTINHO DE OLIVEIRA (Brasília, DF)
Assino embaixo do texto de Ana Estela de Sousa Pinto ("Corra, Dilma, corra", "Opinião", 8/7). Todos esses nossos defeitos mostram uma realidade cruel, em que perder uma Copa do Mundo é uma tragédia nacional, mas não sentimos o fato de até hoje o país não ter um ganhador de Prêmio Nobel em qualquer área do conhecimento humano.
LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)
Eduardo Cunha
Eduardo Cunha está corretíssimo ao afirmar que a OAB "não tem muita credibilidade há muito tempo" ("Eu acredito", "Mônica Bergamo", 8/7). Como bacharel em direito, posso dizer que a OAB é mascote do governo, chapa branca e com péssima reputação inclusive entre advogados.
RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS)
Racismo
Ana Maria Gonçalves ("'Blackface', o racismo no teatro", Tendências/ Debates, 8/7) externa de maneira didática a opressão histórica sofrida por negros nas artes. Espanta o caso de um negro proibido de contracenar com uma loira no Theatro Municipal do Rio. Lembro outro fato histórico: a novela "A Cabana do Pai Tomás" (1969), em que o pai Tomás, negro, foi interpretado por um Sérgio Cardoso pintado, mesmo com Milton Gonçalves no elenco.
JAMES AKEL (São Paulo, SP)
20 anos na internet
A Folha vislumbrou o futuro e estrategicamente entregava aos internautas a FolhaWeb ("Folha, 20 anos na internet", "Tec Especial", 8/7). Ao completar 20 anos, registro os cumprimentos pela iniciativa visionária e que hoje é o canal mais acessado entre os dessas publicações.
RUY MARTINS ALTENFELDER DA SILVA, presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas - APLJ (São Paulo, SP)
Indústria
Não dá para entender a indústria automobilística. Anos de pujança, lucros fantásticos, pleno emprego, remessas de lucros para as matrizes, benesses governamentais, executivos nadando em dinheiro. Aí vem uma crise, ameaçam demitir etc. ("Apesar de plano do governo, GM corta vagas", "Mercado", 8/7). E as reservas de lucros? Não é a primeira vez que isso acontece. Querem vender? Baixem os preços!
PAULO HENRIQUE COIMBRA DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
Educação
A reportagem "Alckmin inflou dado sobre salário de professor em SP" ("Cotidiano", 6/7) desconsidera que o Estado sempre retratou de forma transparente e reiteradamente que o aumento de 45% aos professores se referia ao ajuste nominal e que o ganho real da categoria era de 21%, resultado acima da inflação no período. Ignora também que a incorporação de gratificações repercute no salário dos professores da ativa e no dos aposentados. Tal medida foi amplamente divulgada pela imprensa, inclusive pela própria Folha em 11/5/2011. Bastaria o repórter ter pesquisado em seu próprio jornal para encontrar informações sobre a questão. No entanto, a reportagem preferiu acriticamente reproduzir um discurso retórico carente de lógica.
VINICIUS TRALDI, assessor de imprensa do Governo do Estado de São Paulo
RESPOSTA DO JORNALISTA FABIO TAKAHASHI - A reportagem de 2011 citada pelo missivista retratava um projeto modificado dois anos depois. As informações solicitadas ao governo do Estado somente foram disponibilizadas após o encerramento da greve e o vencimento do prazo estipulado pela Lei de Acesso à Informação.
Programa de leite
A respeito da reportagem "Defensoria de SP vai apurar corte em distribuição de leite" ("Cotidiano", 7/7), informamos que não há corte no Projeto Vivaleite, mas um aumento previsto de 64 mil crianças beneficiadas, a partir do foco nas faixas de idade entre 6 meses e 5 anos e 11 meses. Outro ganho é que haverá, a partir do cadastramento das famílias nos Centros de Referência de Assistência Social municipais, ampliação de benefícios sociais para as famílias inscritas no Vivaleite antes não existentes, como inclusão em programas de transferência de renda, Programa de Saúde da Família e tarifa social de energia elétrica, entre outros não citados na reportagem.
Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA VENCESLAU BORLINA FILHO - O próprio site do programa informou, na semana passada, o fim do benefício para a faixa etária citada. Já nesta terça (7), o governo recuou em parte da medida e anunciou novas mudanças no programa, ampliando o atendimento na faixa de até um ano de idade.