Operador diz que executivo da Odebrecht era seu cliente
Para defesa, isso explica telefonemas entre eles
O agente de investimentos Bernardo Freiburghaus afirmou à Justiça que o ex-executivo da Odebrecht Rogério Araújo era cliente de sua empresa de investimentos, o que levou ao grande número de telefonemas entre ambos.
O registro de 135 ligações entre os dois, de julho de 2010 a fevereiro de 2013, foi apontado pela Lava Jato como indício de que Freiburghaus intermediou propina da Odebrecht para o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Procuradores relacionaram 15 telefonemas com 22 transferências para Costa, que somaram US$ 5,6 milhões entre março de 2011 e novembro de 2012.
Para a Procuradoria, a relação entre as ligações e as transferências confirma a delação de Costa, que afirmou ter recebido US$ 23 milhões do esquema na Petrobras em contas no exterior. Ele disse que a maior parte veio da Odebrecht --a empresa nega.
Em petição protocolada nesta quinta (9), a defesa de Freiburghaus afirma que sua empresa distribuía fundos em que Araújo mantinha investimentos e que as ligações ocorreram por causa disso.
O prazo estabelecido pela Justiça para que Araújo se manifeste sobre os telefonemas termina no dia 13.