Levy cita crises de FHC e Lula para defender ajuste
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a defender a importância do ajuste fiscal, em audiência na Câmara. Levy lembrou das dificuldades enfrentadas pela economia brasileira nos anos de 1998 e 1999, na gestão FHC.
Naquela época, o país registrava deficit nas transações correntes –a saída de dólares do país era maior do que a entrada. O ministro destacou que, com as medidas de ajuste adotadas em 1999 (como a migração para o câmbio flutuante), a economia conseguiu se reerguer.
Levy também lembrou das incertezas que pairavam no cenário econômico quando o ex-presidente Lula assumiu o comando do Executivo, em 2003, e elogiou as medidas adotadas para o reequilíbrio fiscal naquela época.
Ao responder a parlamentares que criticaram a proposta de retomada da CPMF, Levy disse que o imposto é essencial para a manutenção de benefícios relacionados à seguridade social, como a aposentadoria, no longo prazo.
A regularização de ativos no exterior, outra proposta que pode reforçar o caixa do governo, também foi defendida.
Um novo rebaixamento da nota de crédito do país, que perdeu o grau de investimento na S&P, poderia trazer consequências negativas para o mercado de trabalho.
"Não ter um orçamento que garanta a manutenção do grau de investimento é botar o emprego e as condições de vida das famílias em risco", afirmou o ministro.