Programa "Saia Justa" estreia elenco e foca em temas populares
A partir de 6 de março, a apresentadora Astrid Fontenelle, 51, a jornalista Barbara Gancia, 55, e as atrizes Mônica Martelli, 44, e Maria Ribeiro, 37, estarão juntas à frente do novo "Saia Justa".
"Faltam pessoas interessantes na TV", diz Astrid, nova apresentadora do "Saia Justa"
O programa do GNT, que entrará em seu 12º ano, retorna às origens com um elenco 100% feminino.
"Elas foram escolhidas porque reúnem leveza, humor e sabedoria", diz Daniela Mignani, diretora do canal.
"Eu sou conhecida pela minha leveza", ironiza Gancia, que também é colunista da Folha.
Segundo ela, o retorno ao formato original, só com mulheres no time, é uma vitória.
"O que mais tem é mesa-redonda com homem. Esse [programa] aqui é nosso. Retomamos o território!"
Desde a estreia, em 2002, a formação do "Saia Justa" passou por diversas mudanças. Em dezembro de 2010, num esquema de rodízio semanal, Du Moscovis, Leo Jaime, Xico Sá, colunista da Folha, e Dan Stulbach começaram a participar.
"O primeiro time, com Rita Lee, Mônica Waldvogel, Fernanda Young e Marisa Orth, foi impactante. Eu invejei aquela roda e me sentia participante, um quinto elemento. Foi uma puta sacada", diz Astrid Fontenelle.
A apresentadora, que assume o papel de mediação de Mônica Waldvogel, no entanto, avisa: "Aqui a democracia é corintiana, cada uma é responsável pelo que cativa e também pelo que fala".
"E a opinião de uma colega não necessariamente bate com as das outras. Eu gosto de provocar", emenda
Maria Ribeiro.
As quatro apresentadoras concordam apenas em dois tópicos.
O primeiro é sobre a condução firme e ao mesmo tempo delicada de Nilton Travesso na direção do programa. O segundo, sobre o tema que tem dominado as recentes gravações: "Sexo", respondem quase em uníssono.
"Temos um probleminha, que é falar tudo em cima uma da outra", comenta Gancia.
"É, esse vai ser o nosso maior exercício. Vemos programas de entrevistas em que isso acontece sempre", diz Mônica Martelli.
"Como atrizes, eu a Maria temos vontade de mostrar quem somos. Os personagens que fazemos levam sempre um pouquinho de nós."
DO POVO
A popularização da TV por assinatura e a chegada de um novo público para o programa são uma preocupação das apresentadoras.
"Não adianta dizer que a classe C não quer ver coisas de qualidade. 'Avenida Brasil', por exemplo, fez sucesso com todos os públicos", pondera Maria Ribeiro.
"É o nosso desafio falar com todos. E eu acho que sou meio 'high-low', sabe? Que mistura peças de roupas caras com outras baratinhas?", diz Astrid Fontenelle.
"É isso mesmo! Esse é um 'Saia Justa' bem high-low", completa Barbara Gancia.
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