'Órfãos' de Inezita viram da plateia os 1.500 episódios do 'Viola Minha Viola'
"Onde o 'Viola' vai, eu vou atrás", diz Santo Portela, 86, com um violãozinho no braço. O instrumento ele ganhou de ninguém menos que Inezita Barroso, a cantora e folclorista que apresentou o "Viola Minha Viola" por quase 20 anos. Mas, antes mesmo de Inezita ocupar a poltrona de onde comandava o semanal de música caipira, Portela já estava lá.
Produtores do "Viola" atestam que ele viu todos os programas, desde a estreia, em 1980, com o radialista Moraes Sarmento no comando. "Foram mais de 1.500", diz.
O aposentado separava um dia por semana só para se dedicar ao show: saía do seu sobrado, em Cidade A. E. Carvalho, na zona leste, e chegava a pegar três ônibus para encontrar Inezita.
'ERA FAMÍLIA'
Outra tiete solitária é Dona Belinha, 87, que começou a frequentar os estúdios quando ainda estava na casa dos 50 anos. "Eu era um broto e achei uma forma de me divertir, cantar, dançar..."
Nessas três décadas, ela conheceu ao vivo seus ídolos, a dupla As Marcianas. Também teve oportunidade de ouvir ao vivo a voz de um sem número de pares sertanejos. Lembra "com afeto" de Cascatinha e Inhana e Milionário e José Rico. "Eles conversavam, abraçavam. Era uma família. Agora sou órfã. Mas o 'Viola' há de voltar."
NA TV
"Viola Minha Viola"
QUANDO aos domingos, às 9h05, na TV Cultura
Livraria da Folha
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