Lucro da Telefónica recua pressionado por queda de faturamento na Espanha
O lucro líquido da operadora espanhola Telefónica caiu 13% no terceiro trimestre, em relação a igual período do ano passado. O resultado fechou em 947 milhões de euros, pressionado especialmente pelas operações domésticas e pelo comportamento dos negócios na América Latina, excluindo o Brasil.
O balanço divulgado nesta quarta-feira (12) mostra que a receita líquida do grupo recuou 7,4% sobre as mesmas bases de comparação e atingiu 13,02 bilhões de euros. A base de clientes em telefonia fixa caiu 5,3%, no total, enquanto os acessos a dados e internet ficaram 4,9% menores.
No segmento móvel, contudo, a quantidade de clientes com celulares pré-pagos teve queda de 2,8%, enquanto os pós-pagos cresceram 2,1%. Essa mudança de perfil, para consumidores com contratos fixos, é mais rentável para as operadoras de telefonia.
MERCADOS
O faturamento na Espanha, que ainda é o maior mercado para a Telefónica, recuou 6,6% no trimestre, para 2,99 bilhões de euros. Por outro lado, na Europa, o Reino Unido contribuiu mais com o desempenho: a receita chegou a 1,81 bilhão, alta de 5,1%.
Dentre os mercados da América Latina, a performance também foi divergente. Isso porque nos países cujo idioma é o espanhol, a receita teve forte queda de 9%, para 3,84 bilhões de euros. A culpa por essa baixa foi atribuída tanto ao câmbio desfavorável como ao aperto regulatório na região.
Sem esses efeitos, haveria crescimento de 14,1%, disse a espanhola. Enquanto isso, o faturamento no Brasil subiu 1,8%, para 2,9 bilhões de euros. O país, que representava 20,2% do total do grupo entre julho e setembro de 2013, passou a responder por 22,2% da receita no terceiro trimestre deste ano.
A companhia espanhola revelou também que reduziu seus custos em 4,8%, para 9,06 bilhões de euros –ritmo inferior ao da queda na receita. A empresa ainda teve de pagar imposto sobre o lucro 5,4% maior, de 373 milhões de euros, o que também pesou sobre o resultado.
TELEFÔNICA BRASIL
Por aqui, a Telefónica controla a operadora Vivo, que já apresentou balanço na terça-feira (11).
A Telefônica Brasil, líder em telefonia móvel no Brasil com a marca Vivo, viu avanço anual de 34,5% no lucro do terceiro trimestre, a R$ 1,022 bilhão, beneficiada por menor depreciação e ganhos fiscais no período.
Já a medida de desempenho das operações da empresa, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), cresceu 7% sobre o mesmo trimestre do ano passado, a R$ 2,548 bilhões.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 2,57 bilhões e lucro líquido de R$ 932 milhões, segundo pesquisa da agência Reuters.
GVT
Em setembro, a francesa Vivendi anunciou que chegara a um acordo com a Telefónica para vender a GVT, sua operadora no Brasil, por 7,2 bilhões de euros (cerca de US$ 9,3 bilhões).
Em comunicado, os franceses disseram que vão receber 4,7 bilhões de euros em dinheiro, dos quais 450 milhões de euros serão usados para abater dívidas e outros encargos.
Além disso, eles vão receber 7,4% das ações da Telefônica Brasil (uma fatia avaliada em 2 bilhões de euros) e mais 5,7% da Telecom Italia, que valem outro 1 bilhão de euros. A Telefónica é a maior acionista da operadora italiana.
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