Escolha do local é chave para o sucesso das academias para terceira idade
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Academia para idosos em São Paulo |
Embora as academias voltadas para a terceira idade tenham potencial de expansão, ele se restringe mais às classes A e B, segundo Ana Vecchi, da consultoria Vecchi Ancona. O motivo é o valor da mensalidade, em geral mais alto que o das academias convencionais. "Por isso não dá para abrir uma academia deste tipo em todos os bairros", diz.
Entre as chamadas "academias convencionais" –que recebem clientes de faixas várias etárias e têm mais alunos por professor–, as mensalidades custam a partir de R$ 49,90, dependendo do bairro e do que a unidade oferece. Já nas "academias seniores", as mensalidades não saem por menos de R$ 300.
A consultora lembra das academias só para mulheres, que se espalharam pelo país no início dos anos 2000. Só algumas sobreviveram e, para ela, a estrutura de muitas dessas unidades deixavam a desejar, o que afastou os clientes.
"Se as academias para a terceira idade serão um novo modismo ou não depende de como os empresários lidam com o negócio", afirma. "O local onde vai funcionar a academia, por exemplo, tem de ser muito bem escolhido para atingir o público certo. E é melhor ter menos unidades que dão maior retorno do que pulverizar esse investimento".
Beatriz Micheletto, consultora do Sebrae-SP, afirma que, para ser bem-sucedida, a academia para a terceira idade tem que ter comunicação voltada para essa faixa etária, desde o site até a fachada.
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Frequentadores de academia em SP voltada para a terceira idade |
"Para atrair o público, essas unidades precisam destacar a melhora da qualidade de vida promovida pelos exercícios físicos", afirma. "Isso porque a maioria dos idosos não se vê entrando numa academia agora, só os que já faziam exercícios na juventude é que tendem a ter esse hábito."
Para a consultora do Sebrae-SP, no entanto, há espaço para abrir academias para idosos para a classe C. "O empreendedor pode montar uma academia não tão sofisticada", diz.
"É uma tendência o surgimento de serviços voltados para a terceira idade. Mesmo as academias já existentes começam a fornecer atendimento especializado para este público", diz Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF (Associação Brasileira de Franchising).
O especialista destaca que os exercícios físicos têm um aspecto preventivo fundamental para a saúde da terceira idade. Para ele, é uma tendência de mercado que veio para ficar. "Com o aumento da população idosa, cada vez mais vai ser preciso oferecer esse tipo de serviço com qualidade", afirma.
Segundo ele, as "academias seniores" têm grande potencial para virar franquia. A ABF tem entre suas associadas duas empresas do setor.
Tieghi também vê possibilidade de oferecer esse tipo de serviço para a classe C, com um atendimento baseado em um maior volume de alunos. "É possível promover atividades coletivas sem comprometer a qualidade."
Segundo a Acad Brasil, o Brasil tem 31.809 academias de ginástica, o segundo lugar no ranking mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (34.460). As academias brasileiras são frequentadas por 7,9 milhões de clientes e faturaram US$ 2,4 bilhões (cerca de R$ 9,6 bilhões) em 2015.
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