Para cortar custos, Eletrobras estuda plano de demissão voluntária
Adriano Machado/Reprodução/Bloomberg | ||
Novo presidente da estatal elegeu a redução de despesas como uma de suas prioridades |
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, afirmou nesta terça-feira (23) que a empresa estuda promover um plano de demissão voluntária, como parte de um programa de corte de custos.
Ele frisou que o modelo de demissões ainda não foi definido e depende de negociações com os sindicatos.
"Mas, com certeza, precisaremos de algum incentivo (a demissões)", afirmou, em entrevista antes de encontro com investidores no Rio.
Ferreira elegeu o corte de custos como uma das prioridades de seu mandato, iniciado em julho.
Ele argumentou que a empresa tem tomado prejuízo nos ativos que tiveram as concessões renovadas e representam 80% de suas operações.
"Passados quatro anos (da renovação), ainda não conseguimos operar com lucro. Estamos destruindo valor", comentou.
No segundo trimestre de 2016, a empresa teve lucro de R$ 12,7 bilhões, o maior de sua história.
O resultado, porém, foi provocado pela contabilização de R$ 17 bilhões pela renovação de ativos de transmissão, que será recebido em 96 parcelas a partir de junho de 2017.
"Isso não vai se repetir nessa dimensão" disse Ferreira, lembrando que a empresa tem ainda uma parcela menor, estimada em R$ 6,1 bilhões, a receber pelos ativos de geração.
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