Netflix bate 100 milhões de assinantes com adesão fora dos EUA em alta
Mike Blake/Reuters | ||
Logo da Netflix |
A Netflix atingiu duas marcas históricas no trimestre encerrado em junho: superou a marca de 100 milhões de assinantes e a maioria passou a vir de fora dos Estados Unidos, seu mercado de origem.
O crescimento da audiência tanto no mercado americano quanto no exterior superou as projeções dos analistas, com o avanço dos serviços de streaming de TV na Europa. A Netflix registrou alta de 1,07 milhão de assinantes nos EUA e de 4,14 milhões no mercado externo.
Os dados agradaram ao investidor e contribuíram para uma alta de 13,54% nas ações da empresa nesta terça (18).
As temporadas mais recentes das séries "House of Cards" e "Orange is the New Black", acompanhadas pelo novo sucesso "13 Reasons Why", que aborda o suicídio de uma adolescente, conduziram a base de assinantes da Netflix de 83 milhões no ano passado para 104 milhões no segundo trimestre fiscal da companhia —aumento de 5,2 milhões, 2 milhões acima do total previsto pela Netflix três meses atrás e número maior que as projeções dos analistas.
Do total de assinantes, 51,9 milhões vêm dos EUA e 52 milhões são de fora do país de origem do serviço.
Outro indicador inédito foi o anúncio de que as operações internacionais sairiam do vermelho neste ano.
"No segundo trimestre, subestimamos a popularidade de nossa forte seleção de conteúdo, o que levou à aquisição [de assinantes] superior à esperada em todos os grandes territórios", afirmou a Netflix em sua mais recente carta aos acionistas.
A receita geral do grupo, fundado em 1997 como videolocadora por correio e que em 2007 passou a oferecer o serviço de streaming, cresceu 32%, para US$ 2,79 bilhões, um pouco acima da projeção média de US$ 2,76 bilhões dos analistas de Wall Street, e o lucro líquido aumentou 60%, para US$ 66 milhões.
REGULAÇÃO
Em meio à rápida expansão do serviço de streaming na Europa, Reed Hastings, cofundador e presidente-executivo da Netflix, insiste em que sua empresa escapará ao tipo de censura regulatória que vem atingindo outras empresas do Vale do Silício, como o Google e o Facebook, na região.
Pelo fato de estar realizando "grandes investimentos" em conteúdo local e estúdios de produção na França, na Alemanha e na Espanha, Hastings disse esperar que a Netflix visse "uma dinâmica realmente diferente", ainda que as autoridades regulatórias estejam preocupadas com a crescente influência das empresas de tecnologia dos EUA na Europa.
A empresa prevê manter a aceleração no terceiro trimestre. Também projetou um ganho líquido de 4,4 milhões de assinantes, com receita de US$ 2,96 bilhão e lucro líquido de US$ 143 milhões -números superiores às atuais projeções de Wall Street.
Depois do sucesso de séries como "Stranger Things" e "Master of None", a programação original da Netflix foi indicada a 91 Emmy na semana passada. Mas todo esse conteúdo custa caro.
A Netflix anunciou que projeta desembolsos de até US$ 2,5 bilhões neste ano e que vai continuar captando dinheiro no mercado para financiar a produção de filmes e séries —no Brasil, por exemplo, foi feito "3%". Em 2018, deve estrear série com Selton Melo inspirada na Lava Jato.
Como resultado da popularidade de seus "originais exclusivos" —conteúdo produzido pela companhia e não adquirido de um estúdio externo—, a Netflix anunciou que a expectativa é de que seu "fluxo de caixa continue negativo por muitos anos".
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 30/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,36% | 126.887 | (10h47) |
Dolar Com. | +0,91% | R$ 5,1618 | (10h53) |
Euro | 0,00% | R$ 5,4828 | (10h31) |