Eletrobras vai economizar R$ 1,5 bi por ano com demissões, diz presidente
Paulo Whitaker/REUTERS | ||
Presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. |
Com dois programas para cortar a folha salarial, a Eletrobras prevê economia de R$ 1,5 bilhão por ano. Ao todo, a ideia é reduzir o quadro funcional em cerca de 4.500 pessoas.
O primeiro programa, que dá benefícios para a aposentadoria, está em fase final de conclusão. Com a adesão de 2.096 pessoas, a economia estimada é de R$ 875 milhões por ano.
A empresa espera ainda a adesão de outros 65 empregados, que hoje estão na subsidiária Amazonas Geração. A economia seria de R$ 20,8 milhões.
Embora a busca tenha ficado abaixo da meta, que falava em cerca de 2.400 pessoas, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr disse que o resultado foi positivo.
Ele avaliou que as discussões sobre a Reforma da Previdência contribuíram com o processo. "As pessoas se preocuparam em garantir direitos", disse ele.
O segundo programa será lançado ainda neste segundo semestre, com a previsão de cortar cerca de 2.400 pessoas e economizar cerca de R$ 600 milhões por ano.
A ideia é que esse processo esteja concluído até o primeiro semestre de 2018.
ATIVOS
Ferreira Jr disse que a empresa espera se desfazer de sua fatia em de 79 SPEs (sociedades de propósito específico, empresas criadas para investimentos em parceria).
São companhias de transmissão e geração de energia eólica, que tem um valor contábil de R$ 5,7 bilhões. O presidente da empresa acredita, porém, que conseguirá mais do que esse valor.
A ideia é usar os recursos para reduzir o elevado endividamento, de R$ 23,4 bilhões. A companhia fechou o trimestre com a relação dívida líquida sobre Ebitda de 4,7 vezes, menor do que os 7,8 vezes do mesmo período do ano anterior mas acima da meta de 4 vezes de seu plano de negócios.
BALANÇO
Ferreira Jr concedeu entrevista para detalhar o balanço da companhia e defendeu que, apesar da queda com relação ao mesmo trimestre do ano passado, o desempenho foi positivo.
A estatal anunciou lucro de R$ 344 milhões no segundo trimestre, queda de 97,5% na comparação com o segundo trimestre de 2016.
Naquele período, porém, houve a contabilização de R$ 25,8 bilhões de indenizações pela renovação das linhas de transmissão, que ajudaram a companhia a fechar com lucro de R$ 12,7 bilhões.
"No ano passado, reconhecemos [as indenizações] em um único trimestre, o que levou à maior receita da nossa história. É absolutamente não recorrente", disse o executivo.
Ele defendeu que o desempenho no segundo trimestre de 2017 é o melhor desde que chegou á companhia, em julho de 2016.
Desconsiderando efeitos não recorrentes, diz a empresa, o lucro do trimestre seria de R$ 162 milhões no trimestre, contra prejuízo de R$ 157 milhões no mesmo período do ano anterior.
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