'Compra da 99 por chineses é quebra de hegemonia da Uber', diz diretor da Cabify

Crédito: Marlene Bergamo/Folhapress MERCADO - Daniel Bedoya, presidente da Cabify no Brasil 08/01//2018 Foto: Marlene Bergamo/FolhaPress -017
Daniel Bedoya, presidente da Cabify no Brasil

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

A compra da brasileira 99 pela chinesa Didi Chuxing mostra que o reinado hegemônico da Uber no mercado de aplicativos de corrida ficou para trás. A opinião é de Daniel Bedoya, 28, diretor para o Brasil da espanhola Cabify.

O preço pago pela Didi não foi revelado, mas onegócio avaliou a 99 em mais de US$ 1 bilhão.
A Cabify buscará ser uma terceira via na disputa entre gigantes que se avizinha.

Em entrevista no escritório da empresa, o peruano Bedoya afirma que o setor de mobilidade precisa de mais opções além das corridas baratas oferecidas pelas rivais.

Espera que a Cabify mantenha seu espaço no mercado atendendo nicho que busca garantia de maior qualidade e segurança. Quer fazer isso sem entrar em guerra de preços, como a ocorrida em 2017.

A companhia se juntou à brasileira Easy, do mercado de táxis, em 2017. Segundo Bedoya, o segmento também vem crescendo após ser superada a aversão aos carros de praça que surgiu nos primeiros anos da Uber.

  • Daniel Bedoya— Já era algo esperado, levando em conta os movimentos que aconteceram o ano inteiro [a companhia chinesa liderou investimento de US$ 100 milhões na 99 em janeiro de 2017].

RAIO-X

Formação: Nascido no Peru, é graduado em engenharia agronômica pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, possui mestrado em administração pela faculdade de economia da mesma universidade

Atuação: Criou a empresa Caronas.com em 2014 e foi presidente da Tripda, do mesmo setor, até 2016, ano em que assumiu o comando da Cabify no Brasil

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