Chanceler brasileiro defende visita de Lula à Guiné Equatorial
O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) justificou há pouco a visita do presidente Lula à Guiné Equatorial, comandada pelo ditador Obiang Nguema Mbasogo, há 31 anos no poder, afirmando que "O exemplo tem muito mais força do que a pregação moralista".
Lula chegou na tarde de domingo (4) ao país do centro-oeste africano e foi recebido pelo ditador na porta do avião.
Na segunda-feira pela manhã, se reuniu com Mbasogo no suntuoso palácio presidencial, onde o chão e paredes de mármore e madeira maciça e lustres de cristal contrastam com a pobreza do resto do país.
O ditador, um dos mandatários mais ricos do mundo, é acusado por organizações internacionais de violações contra direitos humanos, de perseguir e ter matado opositores.
Segundo Amorim, "negócios são negócios" e o Brasil não pode desprezar as possibilidades de trocas comerciais com o país. "Tem empresa com mais de US$ 1 bilhão investidos [na Guiné Equatorial], não é pouca coisa. Nós não podemos jogar isso fora, nenhum país do mundo joga isso fora, nem Estados Unidos, nem Alemanha, nem França", afirmou.
No início da conversa com os jornalistas, o ministro usou como exemplo a manteiga como demonstração de como países desenvolvidos não ignoram o país da África. "Você tomou café da manhã aqui? Você olhou de onde vem a manteiga? Da França", disse.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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