Governo venezuelano descarta embalsamar corpo de Chávez, diz ministro
O governo venezuelano descartou "a opção de embalsamar o corpo" do presidente Hugo Chávez, informou nesta sexta-feira em sua conta do Twitter o ministro de Informação e Comunicação, Ernesto Villegas.
"Ficou descartada a opção de embalsamar o corpo do comandante Chávez após o informe de uma comissão médica russa" que determinou que para fazer o procedimento seria necessário transportar o cadáver para a Rússia por, pelo menos, sete meses, escreveu Villegas.
Villegas disse também que o Museu da Revolução ficará aberto das 9h às 16h (horário local) para que os seguidores de Chávez possam homenagear o líder, morto no último dia 5.
O ministro também disse que, no canal estatal, "os domingos são de Chávez" e que será transmitido o "Alô Comandante", com "os melhores momentos" do "Alô presidente", programa que, desde 1999, manteve Chávez por 1.656 horas e 44 minutos no ar, o que equivale a 69 dias, segundo o site do programa.
O último "Alô Presidente" foi ao ar dia 29 de janeiro de 2012. O "Alô Comandante" irá ao ar às 11h.
Segundo o ministro, o objetivo é que o programa siga no ar para que o povo "redescubra Chávez".
TRANSLADO
Um ato religioso com uma homilia na Academia Militar de Caracas abriu a cerimônia de transferência do corpo do presidente da Venezuela.
Os restos mortais do presidente saíram do local, onde ele foi velado por dez dias, para o chamado Quartel da Montanha, no bairro 23 de Enero, que também é conhecido como Museu da Revolução. A instalação é o mesmo local onde se reuniu Chávez e um grupo de insurgentes que tentou um golpe militar em 1992.
O caminho percorrido tem 20 km, onde se reuniram militantes de movimentos sociais e cidadãos que apoiam o mandatário. Alguns dos aliados carregavam faixas em referência ao presidente interino, Nicolás Maduro, que concorre ao comando do país.
Já no quartel, o corpo de Chávez recebeu mais uma bênção de um padre, que agradeceu a Deus pela oportunidade de o povo ter conhecido o presidente.
Depois, discursaram pessoas como o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro.
No final da cerimônia, Maduro entregou uma bandeira da Venezuela à família de Chávez
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