Maioria dos americanos não apoia ataque na Síria, diz pesquisa
Seis de cada dez americanos se opõe a uma intervenção militar dos EUA na Síria, segundo pesquisa conjunta do jornal "Washington Post" e a rede de TV ABC, divulgada nesta terça-feira.
A pesquisa foi realizada entre os últimos dias 28 de agosto e 1º de setembro. Neste período, o governo de Barack Obama afirmou que, de acordo com suas investigações, a Síria "com alto grau de certeza" realizou o ataque do dia 21 de agosto e utilizou armas químicas contra a população. O ataque, ainda segundo o relatório americano, matou 1.429 pessoas, sendo 426 crianças. Se confirmado, será o pior incidente com armas químicas em 25 anos. O regime sírio nega.
Sob forte pressão da França e do Reino Unido, Obama enviou um plano de intervenção ao Congresso americano e já declarou que agirá mesmo sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, onde enfrenta a resistência da Rússia, aliada de Assad. Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, deu seu apoio a uma intervenção militar, em um sinal de que, embora com pouco apoio popular, a proposta de Obama pode obter respaldo político.
Apesar da forte oposição, a pesquisa mostra que os americanos estão mais propensos a apoiar um ataque a Síria caso França e Reino Unido participem da ação. Quando questionados sobre uma ação conjunta com países europeus, o apoio sobe de 36% para 46%, aponta a pesquisa.
A enquete revela ainda que sete entre dez americanos são contra dar armas e suporte aos rebeldes sírios.
A pesquisa foi realizada por telefone, e 1.012 americanos adultos foram entrevistados. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na França, pesquisa da BVA divulgada pelo "Le Parisien" mostrou que 64% dos pesquisados se opõem, 58% não confiam no presidente François Hollande para conduzir a ação e 35% temem que isso iria "colocar toda a região em chamas".
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