Chanceler Figueiredo nega 'ideologia' na política externa brasileira
O ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) afirmou nesta quarta-feira (19) que "a América do Sul permanece como foco prioritário da nossa política exterior" e negou que tal escolha é de caráter ideológico.
"Se há uma ideologia, é uma ideologia de que o interesse nacional tem que ser promovido sempre, e essa integração [com países vizinhos] está na pauta da política externa brasileira há pelo menos três décadas", afirmou em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Ele destacou o saldo positivo das relações comerciais com países da região para apontar que também há interesses econômicos nessa parceria.
O chanceler brasileiro foi convidado pelo grupo para "prestar esclarecimentos" sobre acordo entre a Venezuela e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), firmado no mês passado durante visita ao Brasil do ministro venezuelano Elías Jaua, um dos mais influentes no governo de Nicolás Maduro.
A criação do banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e outros temas da política externa também estão na pauta do encontro.
Em sua fala inicial, Figueiredo criticou atuais "estruturas de governança" e voltou a defender a reforma do conselho de segurança das Nações Unidas. "O G8 já não respondia à necessidade de coordenação financeira mundial, como ficou evidente na crise de 2008", exemplificou.
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