Bolívia construirá centro de pesquisa nuclear com apoio da Rússia
Reuters | ||
O presidente da Bolívia, Evo Morales, durante coletiva de imprensa na capital, La Paz |
Os governos da Bolívia e da Rússia assinaram neste domingo (6) acordos para a construção de um centro de pesquisa em tecnologia nucler com fins pacíficos, que poderá ser o maior do tipo na América Latina.
"Agora podemos garantir essas grandes obras de impacto com cooperação, da Rússia, às vezes da China, às vezes da Europa. Que bom seria se outras potências também estivessem presentes com investimentos e cooperação e não só com agressão e provocação", disse o presidente boliviano Evo Morales na sessão de assinatura dos contratos.
O centro, cuja construção levará quatro anos, terá um custo total de US$ 300 milhões, tecnologia russa e ficará situada na cidade de El Alto, vizinha da capital La Paz.
"Aplicaremos o máximo de esforço para que toda a experiência russa e todo o conhecimento que temos do setor nuclear seja utilizado neste centro, que será o melhor da América Latina", assegurou Sergey Kiriyenko, diretor da corporação russa Rosatom.
O projeto tem três partes: médico, alimentar e pesquisa. Haverá um centro para o diagnóstico precoce do câncer, um espaço de pesquisa de segurança alimentar e um reator nuclear de investigação científica para fins pacíficos.
"Seremos o último pais da América Latina a ter um centro como esse", prosseguiu Morales.
O centro ficará sob comando de uma nova empresa estatal criada para este fim.
Em fevereiro, a população da Bolívia negou, por meio de plebiscito, a possibilidade de Evo Morales concorrer a um quarto mandato.
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