Presidente da África do Sul vence votação de impeachment
O Parlamento da África do Sul votou, nesta terça-feira (5), contra um pedido de impeachment lançado pela oposição para retirar da Presidência do país Jacob Zuma.
Zuma conseguiu manter seu mandato por 233 votos a 143, apenas cinco dias depois de a corte constitucional do país determinar que o presidente pague parte da obra custeada com verba pública feita em sua residência privada.
Na quinta (31), a corte afirmou que Zuma falhou em "sustentar, defender e respeitar" a Constituição por ter ignorado a orientação para que reembolsasse o Estado por obras em seu sítio conhecido por Nkandla. Entre as obras questionadas pelas autoridades estão uma piscina, um anfiteatro e uma área para gado.
O órgão que investiga más condutas na administração pública apontou a necessidade de reembolso em 2014, rejeitada por Zuma e por investigações paralelas solicitadas por ele.
O valor total da obra passa de US$ 15 milhões, mas estima-se que a parte que caberia devolução fica em torno de US$ 680 mil.
Dominado pelo ANC (congresso nacional africano), o partido de Zuma, o Parlamento rechaçou, nesta terça (5), o pedido de impeachment solicitado pela oposição.
Julius Malema, líder do pequeno partido de oposição EFF (lutadores da liberdade econômica), afirmou que "Zuma e o ANC querem transformar a África do Sul em uma república de bananas".
Parlamentares do ANC argumentaram que Zuma não violou a Constituição deliberadamente e, assim, não merece ser retirado da Presidência. Ressalvaram, no entanto, que é preciso algum esforço para reconstruir a imagem do partido após o escândalo.
Após a decisão da corte, na quinta (31), o presidente Zuma se desculpou pelo caso.
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