Governo britânico diz que não sabe quem está por trás dos ciberataques
Matt Dunham/Associated Press | ||
Fachada do hospital São Bartolomeu, em Londres, um dos hospitais atingidos pelo ciberataque |
O governo britânico ainda não sabe quem estava por trás dos ciberataques desta sexta-feira (12) que perturbaram o sistema de saúde do país, declarou a ministra do Interior, Amber Ruud, neste sábado (13).
"Não podemos dizer quem está por trás dos ataques. Este trabalho ainda está em andamento", disse a ministra à rádio BBC.
O ciberataque atingiu quase 20% do sistema de saúde pública do Reino Unido.
Segundo ela, o Centro Nacional de Segurança Cibernética está trabalhando com o serviço de saúde do país para garantir que o ataque fosse contido, enquanto a Agência Nacional de Crimes trabalhava para encontrar os responsáveis pelo ataque.
Ruud afirmou que o governo não sabe se o ataque foi direcionado por um governo estrangeiro.
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Na sexta-feira, hackers enganaram suas vítimas, fazendo-as abrir anexos maliciosos em e-mails de spam que pareciam conter pagamentos, ofertas de emprego, avisos de segurança e outros arquivos legítimos. Ao menos 74 países foram impactados.
Ruud disse que o ataque não foi especificamente direcionado ao serviço de saúde do Reino Unido.
"(O vírus) parece aleatório em relação ao seu destino e onde ele foi aberto", disse.
Apesar de 45 organizações de saúde na Inglaterra e na Escócia terem sido afetadas pelo programa malicioso, nenhum dado de pacientes foi acessado ou transferido, disse Ruud.
A ministra disse que lições podem ser tomadas a partir do ataque. "Há lições a serem aprendidas. Por que certas regiões foram mais afetadas que outras? Tem a ver com o programa? Tem a ver com melhor tecnologia de informação?".
Paralelamente, neste sábado, chefes financeiros do G7 (grupo que reúne as principais economias desenvolvidas) comprometeram-se a juntar forças para enfrentar a crescente ameaça de ataques cibernéticos internacionais, de acordo com um comunicado de uma reunião que está sendo realizada em Bari, na Itália.
SOFTWARE
O software malicioso foi apelidado de "WannaCrypt0r" e de "WannaCry" ("quer criptografar" e "quer chorar", respectivamente, em tradução livre) e tinha versões em vários idiomas, inclusive português. Informações preliminares da imprensa espanhola indicam que os ciberataques têm origem na China.
A falha no Windows que permite o ataque foi reportada pela Microsoft em março. A empresa recomendou a atualização de versões em diversos sistemas operacionais. Todas as versões do Windows antes do 10 estão vulneráveis caso não estejam devidamente atualizadas.
Para Fabio Assolini, analista da Kaspersky, o pagamento de recompensa a hackers para reativar o acesso a computadores equivale a "negociar com bandidos" e deve ser evitado.
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