Para conter fluxo migratório, UE suspende venda de botes à Líbia
A União Europeia (UE) suspendeu a venda de botes infláveis e motores para barcos para a Líbia, principal ponto de partida de migrantes e refugiados que tentam cruzar o Mediterrâneo em busca de asilo na Europa.
A medida, adotada na segunda-feira (17) em reunião dos chanceleres dos países membros do bloco, busca fechar o cerco contra redes de tráfico de pessoas e não se aplicará para quem busque comprar equipamentos para "usos legítimos", como pescadores.
Não está claro como o bloco regional fiscalizará as transações para evitar que os equipamentos vendidos sejam repassados a traficantes de pessoas.
Atualmente, a UE fiscaliza as águas do Mediterrâneo e retorna aos países de origem pessoas que não atendam às exigências para se candidatar a uma vaga no sistema de asilo do bloco.
O chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, alertou que muitos desses migrantes devolvidos acabam em "campos de concentração" na Líbia, sujeitos à ação de gangues e à violência sexual.
Desde o início de 2017, mais de 110 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo em busca de asilo e 2.300 morreram durante a travessia. Os principais países de origem dos refugiados são Nigéria, Guiné e Costa do Marfim.
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