Equador anuncia que concedeu nacionalidade a Assange

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo do Equador anunciou nesta quinta-feira (11) que concedeu a nacionalidade do país a Julian Assange, criador do site WikiLeaks.

Segundo a ministra de Relações Exteriores equatoriana, Maria Fernanda Espinosa, o processo aconteceu em 12 de dezembro a pedido de Assange, que é australiano de nascimento.

Durante entrevista coletiva em Quito, Espinosa disse que seu país trabalha em conjunto com o Reino Unido para encontrar uma saída "justa e digna" para Assange, que vive na embaixada equatoriana em Londres desde 2012.

Crédito: Peter Nicholls - 05.fev.2016/Reuters O fundador do WikiLeas, Julian Assange
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange

Assange se refugiou no local para evitar um pedido de deportação feito pela Suécia, que o investigava por crimes sexuais.

O inquérito sueco atualmente está suspenso, mas a polícia britânica disse que ainda há uma ordem de prisão contra Assange por ele ter se recusado a se entregar às autoridades.

Logo após chegar à embaixada, Assange recebeu asilo do governo equatoriano, mas o Reino Unido não deu a autorização para que viajasse ao país sul-americano e, por isso, ele pode ser preso se deixar o local.

Pouco antes do anúncio de Quito nesta quinta, o governo britânico disse ter recusado um pedido equatoriano para conceder status de diplomata para Assange, o que permitiria que ele deixasse a embaixada e viajasse para o Equador.

"O governo do Equador recentemente pediu status diplomático para Assange no Reino Unido", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico. "O Reino Unido não acatou o pedido, nem está em conversas com o Equador sobre o assunto."

"O Equador sabe que a maneira de resolver esse assunto é que Assange deixe a embaixada e enfrente a justiça", acrescentou o porta-voz.

Assange usou o WikiLeaks para publicar, a partir de 2009, centenas de milhares de documentos do Departamento de Estado e das Forças Armadas americanas sobre violações cometidas nas guerras do Iraque e do Afeganistão e sobre instrumentos de espionagem em grande escala contra autoridades e cidadãos ao redor do mundo.

Parte do material foi repassada ao site por Chelsea Manning, fuzileira naval que recolheu os dados dos sistemas do governo americano durante seu serviço no Iraque.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.