Ato na Paulista nesta quinta pedirá libertação de ativistas presos
Manifestantes prometem fazer um protesto em São Paulo nesta quinta-feira (26), dia de jogo da Copa na cidade, pedindo a libertação dos dois ativistas presos no ato realizado na segunda (23).
A manifestação está marcada para ocorrer em frente ao Masp, na avenida Paulista, às 17h, mesmo horário de Coreia do Sul x Bélgica.
O professor Rafael Marques Lusvarghi, 29, e o estudante e servidor da USP Fábio Hideki Harano, 26, foram presos em flagrante e indiciados sob a suspeita de cinco crimes, entre eles o de associação criminosa, sujeito a pena de um a oito anos de prisão.
"Eles são vítimas de um Estado que forja descaradamente acusações", afirma o texto de apresentação do protesto, publicado no Facebook pelo movimento Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa.
Numa tentativa de engrossar o ato, o grupo convidou o MPL (Movimento Passe Livre) –que, porém, disse que não convocará seus integrantes para essa manifestação.
TREMEMBÉ
Harano foi transferido nesta quarta (25) do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros para o complexo penitenciário de Tremembé (a 147 km de São Paulo), que abriga condenados por crimes de grande repercussão, como Alexandre Nardoni e os irmãos Cravinhos.
A Secretaria da Segurança Pública não informou o motivo da transferência. Segundo a pasta, Lusvarghi está no 8º DP (Belém). A Justiça analisaria pedido de liberdade provisória protocolado pelas defesas dos presos. A decisão não havia sido tomada até a conclusão desta edição.
A Secretaria da Segurança disse ontem que foi apreendido com Harano, entre outros, "artefato incendiário de fabricação rudimentar", máscara de proteção contra coquetel molotov e uma "garrafa de iogurte com forte odor de gasolina".
O material foi encaminhado para a perícia, de acordo com a secretaria.
'BLACK BLOCS'
Também questionada sobre o motivo de os dois ativistas terem sido classificados pelo secretário Fernando Grella como "black blocs" –adeptos de tática de protesto que prega a destruição do patrimônio–, a secretaria disse que a afirmação se baseia em investigações conduzidas pelo Deic (departamento de investigações criminais).
O governo informou ainda que a conduta adotada pelas polícias Civil e Militar na última segunda (23), de combate rigoroso a atos violentos, continuará a ser empregada nas próximas manifestações.
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