Alckmin não reduzirá equipe na nova gestão
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tomará posse nesta quinta-feira (1) para um novo mandato sem ter conseguido diminuir o atual número de secretarias estaduais.
Em novembro, a equipe do tucano estudou o corte de até quatro pastas. Na época, o governador pediu a cada secretário relatório com indicações de gastos a serem reduzidos.
A ideia era extinguir Turismo, fundir Gestão com Planejamento e Energia com Saneamento, e transformar Direitos da Pessoa com Deficiência em uma subsecretaria dentro da Saúde.
Adriano Vizoni - 28.set.2014/Folhapress | ||
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes |
No início deste mês, o tucano, de fato, cortou Gestão, mas criou uma nova estrutura, a Secretaria de Governo, o que manteve o número total de 25 pastas estaduais.
A redução do número de secretarias tinha como objetivo, além de enxugar a máquina pública, dar o exemplo de um modelo de "gestão eficiente", tornando o governo paulista uma espécie de vitrine eleitoral caso o tucano decida disputar a sucessão presidencial em 2018.
Nesta terça-feira (30), Alckmin anunciou os últimos nomes de sua nova equipe de governo. Segundo auxiliares, a necessidade de acomodar partidos que apoiaram a sua reeleição inviabilizou a redução do número de pastas.
No caso de Direitos da Pessoa com Deficiência, segundo a Folha apurou, o governador desistiu de transformar a pasta em uma subsecretaria com receio da repercussão negativa que a decisão poderia causar. Ao todo, PSDB, DEM, PSB, PPS, PTB, PV, PRB e Solidariedade indicaram nomes para nove das 25 secretarias.
Na nova equipe, o governador conseguiu reduzir o número de secretários com mandato no Poder Legislativo. No total, foram indicados quatro deputados federais eleitos para os próximos quatro anos e um vereador.
No início deste ano, eram oito os secretários estaduais com mandato, seis dos quais deixaram o governo em abril para disputar as eleições. O objetivo da mudança é tentar evitar descontinuidades em obras e projetos devido a trocas em período eleitoral.
Para a formação de sua nova equipe, auxiliares do tucano chegaram a sondar o ex-jogador Ronaldo Nazário para Esporte.
Com a necessidade de acomodar o PRB, no entanto, a pasta foi entregue ao partido. O esportista era cotado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para o ministério de mesmo nome caso o tucano fosse eleito presidente.
-
A NOVA EQUIPE DO GOVERNADOR
Cota pessoal de Alckmin
- Alexandre de Moraes (Segurança Pública)
- Benedito Braga (Saneamento)
- Clodoaldo Pelissioni (Transportes Metropolitanos)
- Edson Aparecido (Casa Civil)
- João Carlos de Souza Meirelles (Energia)
- Marcos Monteiro (Planejamento)
- Patrícia Iglecias (Meio Ambiente)
- Renato Vilela (Fazenda)
- Saulo de Castro (Governo)
Cota do PSDB
- Duarte Nogueira (Logística e Transportes)
- Floriano Pesaro (Des. Social)
Cota do DEM
- Nelson Baeta (Habitação)
Cota do PSB
- Márcio França (Desenvolvimento Econômico)
Cota do Solidariedade
- João Dado (Emprego)
Cota do PTB
- Aloísio Toledo César (Justiça)
Cota do PRB
- Jean Nadeira (Esporte)
Cota do PV
- Roberto de Lucena (Turismo)
Cota do PPS
- Arnaldo Jardim (Agricultura)
* Permanecem Marcelo Araújo (Cultura), Lourival Gomes (Adm. Penitenciária), David Uip (Saúde), Herman Voorwald (Educação), José Rodrigues (Casa Militar), Elival Ramos (Procuradoria-Geral) e Linamara Battistella (Pessoa com Deficiência)
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade