Descrença estimula 'justiça com as próprias mãos', diz Cármen Lúcia
Luiz Silveira/Agência CNJ | ||
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fala no 10° Encontro Nacional do Poder Judiciário |
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (5) que a sociedade precisa acreditar no Judiciário para que não faça "justiça com as próprias mãos".
"Toda sociedade tem um momento que se vê em uma encruzilhada. Ou a sociedade acredita em uma ideia de Justiça, que vai ser atendida em uma estrutura estatal, e partimos para o marco civilizatório, ou a sociedade deixa de acreditar nas instituições e por isso mesmo opta pela vingança", disse Cármen durante a abertura do 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Brasília.
Para a ministra, o Judiciário precisa se recriar institucionalmente para que tenha a confiança da sociedade.
Quando as demandas da sociedade não são atendidas, a "não resposta da Justiça" gera sentimento de vingança, afirmou Cármen.
"Não esperamos, servidores, que a sociedade precise desacreditar a tal ponto que resolva fazer justiça com as próprias mãos, que é a vingança, que é a negativa da civilização", afirmou.
"Não esperamos que a sociedade precise desacreditar a tal ponto", ressaltou a ministra.
O evento reúne servidores, presidentes e corregedores dos tribunais e conselhos de Justiça. Durante dois dias, eles vão se reunir para aprovar as metas nacionais a serem cumpridas pelo Judiciário em 2017, além de divulgar o desempenho parcial dos tribunais no cumprimento das metas deste ano.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade