Cabral cobrou propina em obras do PAC e do metrô, dizem delatores
Rafael Andrade/1.nov.2010/Folhapress | ||
Sergio Cabral faz sinal de V de "vitória" em inauguração de estação de metrô no Rio |
Dois ex-executivos da Odebrecht afirmaram em suas delações que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) solicitou propina para que a empresa realizasse obras do PAC (programa de aceleração do crescimento) no Complexo do Alemão, na zona norte do Estado.
Em decisão divulgada nesta terça (11), o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin relata que, segundo os delatores, a licitação foi fraudada e a empresa destinou 1% do valor da obra, feita em consórcio com a OAS e a Delta, para 'pagamentos vultuosos e não contabilizados a agentes públicos envolvidos, incluindo Sérgio Cabral".
O ex-governador está preso desde novembro de 2016.
Fachin decidiu enviar os depoimentos, dados por Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Marcos Vidigal do Amaral para a Justiça do Rio por não se tratar de político com prerrogativa de foro no STF.
LINHA 4
Barbosa da Silva também afirmou à Justiça que a construção da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro envolveu propina de R$ 36 milhões, a pedido do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Fachin cita em sua decisão que há fatos nesse caso relacionados ao deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ) e ao ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes. Mas não dá detalhes.
OUTRO LADO
A defesa do ex-governador informou que só irá se manifestar em juízo.
(RANIER BRAGON, LETÍCIA CASADO, BELA MEGALE, CAMILA MATTOSO e REYNALDO TUROLLO JR.)
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