Ex-Aerotrem e agora 'Bigodão', Fidélix diz que não teme cláusula de barreira
Pedro Ladeira - 27.jun.2017/Folhapress | ||
O empresário Levy Fidélix, que lançou pré-candidatura à Presidência pelo PRTB |
Com otimismo e ataques aos adversários, o empresário Levy Fidélix, 65, lançou no úlitmo dia 26 de novembro sua pré-candidatura à Presidência.
Fundador do PRTB e com várias eleições no currículo, ele diz estar preparado para fazer o país voltar a crescer.
Nas campanhas desde 1996 (e nas presidenciais de 2010 e 2014), ficou conhecido por ter como vitrine o Aerotrem –espécie de veículo leve sobre trilhos, que, segundo ele, foi copiado por outros partidos ao longo dos anos.
No lançamento de sua pré-candidatura, na Assembleia de SP, apresentou seu novo jingle: "Bigodão é a solução".
Mesmo sem nunca ter sido eleito para cargos públicos (ele já se lançou a vereador, prefeito, governador e presidente) não se vê como um outsider.
"Outsiders são esses que entram de repente, mesmo sem sequer ter partido, e se acham preparados. Tenho 23 anos no partido e, ao contrário dos meus adversários, não estou viajando pelo país e exterior um ano antes da campanha."
Fidélix diz que sua campanha será de conciliação. "Minha intenção não é atacar A ou B. Com meu discurso e plataforma, pretendo trazer de volta a brasilidade", afirma. Em 2014, ele foi processado por falas contra homossexuais em um debate na TV.
Na convenção, fez questão de tocar o Hino Nacional, músicas indígenas e portuguesas –alusão às raízes do país.
"Queremos praticar o bem e seguir o Senhor em nosso cotidiano. É o que quero resgatar, ir aos templos, às paróquias. Não devemos deixar a nossa nação seguir o caminho do ateísmo e comunismo", diz.
Nacionalista de centro-direita, como se define, tem como inspiração Enéas Carneiro (1938-2007), ex-candidato a presidente. Fidélix afirma que pretende trazer de volta valores perdidos com as crises econômica e política.
Tem como bandeiras o Bolsa Família, que será rebatizado de "Salário Família" –auxílio temporário de um salário mínimo, que os beneficiados terão que trabalhar para receber. Pretende ainda criar um fundo para ajudar universitários a ingressar no mercado de trabalho, por meio de recursos do BNDES.
Ele não desanima com a cláusula de barreira. "Teremos votos suficientes. Os que querem fazer um país sério que sejam competentes", diz.
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